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descure

descurado | adj.

Que não está cuidado, que se descurou....


gonzo | adj.

Que revela uma abordagem pessoal, parcial, descurando a objectividade e a imparcialidade com que algo (um facto, uma notícia, etc.) deve ser tratado ou relatado (ex.: jornalismo gonzo; reportagem em estilo gonzo)....


entretanto | adv. | n. m. | conj.

Nesse intervalo de tempo; nesse tempo intermédio (ex.: ainda falta uma semana para a prova, entretanto ainda tenho tempo para estudar)....


aplicar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Pôr ou ajustar uma coisa sobre outra (ex.: aplicar verniz)....


descorar | v. tr. | v. intr. e pron.

Fazer perder (total ou parcialmente) a cor a....


descuidar | v. tr. e pron. | v. pron.

Tratar ou fazer algo com descuido; perder ou não ter cuidado....


descurar | v. tr.

Mostrar desleixo por; descuidar-se de....


deszelar | v. tr.

Não ter zelo a respeito de....


desleixar | v. tr. e pron.

Tratar ou tratar-se com pouco cuidado ou com pouca atenção (ex.: desleixar o trabalho; começou a desleixar-se com a higiene)....


curar | v. tr. e pron. | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr.

Restabelecer ou recuperar a saúde; pôr fim a uma doença....


urtiga | n. f.

Designação dada a várias plantas herbáceas da família das urticáceas, do género Urtica, cobertas de pêlos, cuja base contém um líquido que penetra na pele pelo mero contacto das pontas, provocando comichão e irritação....


ponto | n. m. | n. 2 g.

Porção de fio que fica entre duas pontadas de agulha ou em cada furo de sovela....


negligenciar | v. tr. e pron.

Tratar(-se) com negligência....



Dúvidas linguísticas



Em https://www.flip.pt/Duvidas.../Duvida-Linguistica/DID/777 vocês concluem dizendo "pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se". Nesse caso, pelas mesmas regras ali expostas, não teria de ser "pois se trata"? O "pois" não atrai nunca próclise?
No português europeu, a conjunção pois não é geralmente um elemento desencadeador de próclise (posição pré-verbal do pronome pessoal átono, ou clítico), a qual, como se referiu na resposta à dúvida posição dos clíticos, está associada a fenómenos gramaticais de negação, quantificação, focalização ou ênfase (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pp. 2241-2242).


Pesquisas em corpora revelam que, na norma europeia, existem casos da conjunção pois com próclise (ex.: As despesas não aumentaram tanto como as receitas, pois se arredondaram em 26 811 contos) mas comprovam também que, estatisticamente, essa conjunção é mais usada com ênclise (posição pós-verbal do pronome pessoal átono), como na frase Em conclusão, as frases que nos enviou enquadram-se no contexto referido na alínea f), pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se. Essa tendência é também corroborada pela seguinte afirmação de Ana Maria Martins, que se debruça sobre o tema na obra acima citada: «As orações explicativas introduzidas por pois (cf. Caps. 34, 35 e 38) apresentam sempre colocação enclítica dos pronomes átonos (desde que a próclise não seja independentemente motivada) [...].» (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 2299).


Na norma brasileira, dado que a tendência natural é para a colocação do pronome antes do verbo, tal como se afirma na resposta à dúvida amanhã: ênclise ou próclise?, o habitual é a conjunção pois ser mais usada com próclise (ex.: O resultado foi satisfatório, pois se conseguiu atingir o objetivo).




A palavra vigilidade, que tem origem na palavra vígil, tem suscitado alguma controvérsia na área em que estou envolvido. É um termo que é utilizado nalguns trabalhos de psicologia e por algumas instituições nacionais ligadas aos medicamentos (ex: INFARMED). No entanto, não encontrei a palavra nos dicionários que consultei, inclusivamente o da Priberam. Alternativamente a palavra utililizada é vigilância. Assim, gostaria de saber a vossa opinião sobre este assunto.
Também não encontrámos a palavra vigilidade registada em nenhum dos dicionários ou vocabulários consultados. No entanto, este neologismo respeita as regras de boa formação da língua portuguesa, pela adjunção do sufixo -idade ao adjectivo vígil, à semelhança de outros pares análogos (ex.: dúctil/ductilidade, eréctil/erectilidade, versátil/versatilidade). O sufixo -idade é muito produtivo na língua para formar substantivos abstractos, exprimindo frequentemente a qualidade do adjectivo de que derivam.

Neste caso, existem já os substantivos vigília e vigilância para designar a qualidade do que é vígil, o que poderá explicar a ausência de registo lexicográfico de vigilidade. Como se trata, em ambos os casos, de palavras polissémicas, o uso do neologismo parece explicar-se pela necessidade de especialização no campo da medicina, psicologia e ciências afins, mesmo se nesses campos os outros dois termos (mas principalmente vigília, que surge muitas vezes como sinónimo de estado vígil) têm ampla divulgação.


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