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URGÊNCIAS

enxamplado | adj.

Baptizado em casa por urgência (falecimento da criança que nasceu excessivamente fraca)....


electivo | adj.

Relativo a eleição (ex.: congresso electivo; processo electivo)....


pressa | n. f.

Necessidade ou desejo de acabar ou de chegar pronto....


urgência | n. f.

Qualidade do que é urgente....


fome | n. f.

Grande vontade de comer; urgência de alimento (ex.: almocei bem, não tenho fome)....


afogadilho | n. m.

Pressa, precipitação, urgência (ex.: o conselho irá reunir e deliberar sem afogadilho)....


aperto | n. m.

Acto ou efeito de apertar ou de se apertar....


precisão | n. f.

Falta ou carência de alguma coisa necessária ou útil....


piquete | n. m.

Pequeno corpo de tropa que forma guarda avançada ou pronta à primeira voz....


expropriante | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou o que expropria (ex.: entidades expropriantes; o expropriante alegou urgência)....


urgentista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem é especialista em intervenções médicas de urgência (ex.: médico urgentista; havia três urgentistas disponíveis)....


urgencista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem é especialista em urgência médica (ex.: médico urgencista; cargo de urgencista)....


SOS | n. m. 2 núm.

Pedido de socorro (ex.: enviar um SOS)....


sobreprocura | n. f.

Procura muito superior à oferta disponível (ex.: nos últimos dias houve sobreprocura do serviço de urgência; sobreprocura de estacionamento)....



Dúvidas linguísticas



Em https://www.flip.pt/Duvidas.../Duvida-Linguistica/DID/777 vocês concluem dizendo "pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se". Nesse caso, pelas mesmas regras ali expostas, não teria de ser "pois se trata"? O "pois" não atrai nunca próclise?
No português europeu, a conjunção pois não é geralmente um elemento desencadeador de próclise (posição pré-verbal do pronome pessoal átono, ou clítico), a qual, como se referiu na resposta à dúvida posição dos clíticos, está associada a fenómenos gramaticais de negação, quantificação, focalização ou ênfase (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, pp. 2241-2242).


Pesquisas em corpora revelam que, na norma europeia, existem casos da conjunção pois com próclise (ex.: As despesas não aumentaram tanto como as receitas, pois se arredondaram em 26 811 contos) mas comprovam também que, estatisticamente, essa conjunção é mais usada com ênclise (posição pós-verbal do pronome pessoal átono), como na frase Em conclusão, as frases que nos enviou enquadram-se no contexto referido na alínea f), pois trata-se de uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção se. Essa tendência é também corroborada pela seguinte afirmação de Ana Maria Martins, que se debruça sobre o tema na obra acima citada: «As orações explicativas introduzidas por pois (cf. Caps. 34, 35 e 38) apresentam sempre colocação enclítica dos pronomes átonos (desde que a próclise não seja independentemente motivada) [...].» (vd. Eduardo RAPOSO et al. (orgs.), Gramática do Português, 1.ª ed., vol. II, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2013, p. 2299).


Na norma brasileira, dado que a tendência natural é para a colocação do pronome antes do verbo, tal como se afirma na resposta à dúvida amanhã: ênclise ou próclise?, o habitual é a conjunção pois ser mais usada com próclise (ex.: O resultado foi satisfatório, pois se conseguiu atingir o objetivo).




Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.


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