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Par

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parpar


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Igual, semelhante, parceiro.

2. Que é representado por um número divisível por dois.

3. Disposto simetricamente dos dois lados de um eixo.

4. [Aritmética] [Aritmética] Que é divisível por 2 ou que se pode dividir igualmente sem quebrado.ÍMPAR


nome masculino

5. Conjunto de duas pessoas, particularmente, marido e mulher ou dois cônjuges.

6. Sociedade de dois. = DUPLA, PARELHA

7. [Dança] [Dança] Cada uma das pessoas que constituem uma dupla na dança.

8. Pessoa igual a outra em posição social ou académica (ex.: o artigo vai ser avaliado pelos pares).

9. O macho ou a fêmea de um casal de aves.

10. Conjunto de dois objectos da mesma espécie.

11. Peça de vestuário ou utensílio composto de duas partes iguais (ex.: comprou um par de calças).

12. Número indeterminado no sentido ponderativo.

13. [Desporto] [Esporte] Índice que indica o número de tacadas de golfe definidas como necessárias para chegar a um buraco ou para chegar a todos os buracos de um campo (ex.: buraco de par quatro; este campo tem par 71; um abaixo do par; dois acima do par).

14. [Tauromaquia] [Tauromaquia] Ferros.

15. [Antigo] [Antigo] Cada um dos mais poderosos vassalos do rei.

pares


nome masculino plural

16. [Desporto] [Esporte] Tipo de competição entre dois grupos de dois jogadores ou competidores, por oposição a singulares (ex.: partida de pares senhoras; pares mistos).


a par

Ao lado um do outro; junto ou juntamente (ex.: os dois clubes estão a par no topo da tabela).

A um tempo; igualmente, sem distinção ou separação.

Informado (ex.: mantenha-se a par das últimas notícias; não estou a par do que aconteceu). = INFORMADO

a par de

Ao lado de (ex.: os enchidos, a par do vinho, são uma das especialidades da casa).

ao par

A preço igual.

de par em par

De lado a lado; às escâncaras.

par de bases

[Bioquímica] [Bioquímica]  Estrutura formada por duas bases complementares emparelhadas por ligações de hidrogénio numa molécula de ADN ou de ARN.

par de estalos

[Portugal] [Portugal] Dois tabefes no rosto, um a seguir ao outro.

par de França

Casal que se veste de maneira ridícula.

par de galhetas

[Portugal] [Portugal] O mesmo que par de estalos.

par do Reino

Membro da antiga Câmara Alta.

etimologiaOrigem etimológica:latim par, paris, igual, semelhante, macho ou fêmea de um par, esposa, marido, par, casal.

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).