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Mangas

A forma Mangaspode ser [feminino plural de mangamanga] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de mangarmangar].

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manga1manga1
( man·ga

man·ga

)
Imagem

Parte do vestuário que cobre o braço ou parte dele.


nome feminino

1. Parte do vestuário que cobre o braço ou parte dele.Imagem

2. Objecto cuja forma se assemelha a essa parte do vestuário.

3. Filtro em forma de saco.

4. Tubo flexível. = MANGUEIRA

5. [Aeronáutica] [Aeronáutica] Túnel regulável que liga a entrada de um avião a uma porta de embarque do aeroporto.Imagem

6. [Aeronáutica] [Aeronáutica] Mecanismo insuflável instalado em algumas saídas dos aviões, destinado à evacuação de passageiros em caso de emergência.

7. [Mecânica] [Mecânica] Extremidade do eixo em que entra a roda.

8. Dispositivo de forma cónica, que indica a direcção e a intensidade do vento.Imagem = BIRUTA

9. Redoma; campânula.

10. Chaminé de candeeiro de malha metálica que aumenta a intensidade da luz.

11. Tromba-d'água.

12. Chocalho grande.

13. [Desporto] [Esporte] Parte de uma competição, geralmente em provas de automobilismo ou de motociclismo.


arregaçar as mangas

Preparar-se para fazer algo com determinação.

em mangas de camisa

Sem casaco.

manga perdida

[Vestuário] [Vestuário]  Manga larga e sem punho.

etimologiaOrigem etimológica:latim manica, -ae.

manga2manga2
( man·ga

man·ga

)
Imagem

BotânicaBotânica

Fruto da mangueira, de formato oblongo, carnudo, de polpa amarela e fibrosa envolvendo um caroço grande, aromático e de sabor agradável.


nome feminino

1. [Botânica] [Botânica] Fruto da mangueira, de formato oblongo, carnudo, de polpa amarela e fibrosa envolvendo um caroço grande, aromático e de sabor agradável.Imagem

2. [Botânica] [Botânica] Árvore grande (Mangifera indica), da família das anacardiáceas, de tronco liso, copa grande e frondosa, folhas perenes oblongas, flores pequenas dispostas em cachos, de origem asiática e muito cultivada em climas tropicais pelo seu fruto, a manga. = MANGUEIRA

etimologiaOrigem etimológica:malaiala manga.

manga3manga3
( man·ga

man·ga

)
Imagem

Grande quantidade de gente.


nome feminino

1. Grande quantidade de gente.Imagem = MULTIDÃO, TURBA

2. [Brasil] [Brasil] Pastagem cercada para cavalos e bois.

etimologiaOrigem etimológica:espanhol manga.

manga4mangá4
( man·ga

man·gá

)


nome feminino

Género de banda desenhada de origem japonesa.

etimologiaOrigem etimológica:japonês manga.

grafiaGrafia no Brasil:mangá.
grafiaGrafia no Brasil:mangá.
grafiaGrafia em Portugal:manga.
grafiaGrafia em Portugal:manga.
mangarmangar
( man·gar

man·gar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. [Informal] [Informal] Fingir seriedade, mentir por brincadeira (ex.: ela só pode está a mangar comigo; eles são uns brincalhões, estão sempre a mangar). = BRINCAR, CAÇOAR, GOZAR

2. [Informal] [Informal] Fazer troça (ex.: mangaram dele por causa do bigode). = CAÇOAR, CHACOTEAR, ESCARNECER, GOZAR, MOTEJAR, TROÇAR, ZOMBAR

3. [Portugal: Minho] [Portugal: Minho] Enfiar o cabo (na ferramenta). = ENCABAR

4. [Brasil] [Brasil] Mendigar; solicitar.

5. [Brasil: Sul] [Brasil: Sul] Ser lento. = DEMORAR, REMANCHAR

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa, talvez do romani mangar, pedir, mendigar.

MangasMangas

Auxiliares de tradução

Traduzir "Mangas" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).