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Fracos

A forma Fracosé [masculino plural de fracofraco].

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fracofraco
( fra·co

fra·co

)


adjectivoadjetivo

1. Que não tem força física (ex.: pernas fracas). = DÉBILFORTE, POSSANTE, POTENTE, ROBUSTO, VIGOROSO

2. Que tem menos força que a regular (ex.: atleta fraco). = DÉBIL, FRÁGILFORTE, POSSANTE, POTENTE, ROBUSTO, VIGOROSO

3. Que não tem as condições necessárias de robustez ou de resistência (ex.: corda fraca). = DÉBIL, FRÁGILFORTE, RIJO, ROBUSTO

4. Sem vigor ou sem energia. = COMBALIDO, DÉBIL, DEBILITADOENÉRGICO, FORTE

5. Que tem pouca consistência ou pouca solidez. = FRÁGIL, QUEBRADIÇOFORTE

6. Sem forças para atacar ou para se defender.

7. Que tem pouca intensidade (ex.: luz fraca). = BRANDO, FROUXO, INSIGNIFICANTEFORTE

8. Que tem pouco volume.FORTE

10. Que vai diminuindo ou esmorecendo; que tem pouco alcance (ex.: som fraco).FORTE

11. Que tem pouca qualidade (ex.: louça fraca; o livro é muito fraco). = MAU, RELES

12. Que é ineficaz ou insuficiente (ex.: acção fraca).FORTE

13. Que tem pouca concentração de algo ou princípio activo menos potente (ex.: café fraco; dose fraca).FORTE

14. Que tem baixo elevado teor alcoólico (ex.: bebida fraca).FORTE

15. Que tem poucos ou nenhuns conhecimentos sobre determinado assunto ou actividade (ex.: sou muito fraco em química).FORTE

16. [Química] [Química] Que, em solução aquosa, se dissocia apenas parcialmente em iões; que tem baixo grau de ionização (ex.: ácido fraco; base fraca).FORTE


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

17. Que ou quem tem pouco poder ou influência (ex.: governante fraco; está habituado a humilhar os fracos).FORTE, PODEROSO

18. Que ou quem não mostra coragem. = COBARDE, PUSILÂNIMECORAJOSO, FORTE, VALENTE


nome masculino

19. O que algo ou alguém tem de menos forte, menos resistente ou menos bom. = BALDA, DEFEITOFORTE, ESPECIALIDADE

20. Tendência ou propensão para algo (ex.: o seu fraco é a tecnologia de último modelo).

21. [Informal] [Informal] Paixão ou grande simpatia (ex.: tem um fraco pelo vizinho). = FRAQUINHO

22. [Jogos] [Jogos] No voltarete, parceiro que compra as cartas em último lugar.

etimologiaOrigem etimológica:latim flaccus, -a, -um, pendente, caído, mole, flácido, que tem orelhas compridas.
FracosFracos

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Dúvidas linguísticas



O substantivo cota actualmente utilizado pela juventude com o sentido de "pessoa mais velha" tem a sua origem na língua latina. Certo?
Como poderá verificar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra cota, no sentido de "pessoa mais velha", deriva do quimbundo, língua falada em Angola.



Acabo de reparar que nas Definições - Acordo Ortográfico de 1990 - Variedade do Português - distinguem-se duas Normas, uma Europeia e outra Brasileira. A minha pergunta é: Porque é que a norma utilizada em PORTUGAL é designada por norma europeia - que eu saiba não existe mais nenhum país na Europa cuja língua oficial seja o Português - quando a norma utilizada no Brasil é designada por norma brasileira e não sul americana?
Vejo isso como uma descriminação em relação ao país onde nasceu a língua portuguesa. Já encontrei na internet entidades, que ganham dinheiro a ensinar a língua portuguesa, a afirmar que o português falado no Brasil é mais puro do que aquele que é falado em Portugal. Duvido que as entidades brasileiras aceitassem de braços caídos que a versão da língua portuguesa que eles falam fosse designada como Norma Sul Americana.
As designações "norma europeia", "português europeu" ou "variedade europeia" não foram criadas pelo Dicionário Priberam, nem constituem qualquer discriminação, antes correspondem a conceitos terminológicos utilizados nos estudos linguísticos e no ensino do português, nomeadamente no que diz respeito à variação geográfica. As designações "europeu" e "de Portugal" ou "português" são consideradas sinónimas no contexto geral em que são usadas, da mesma forma que são usadas as designações "do Brasil" ou "brasileiro", a par de "americano" ou "sul-americano" (ainda que estas duas últimas sejam aparentemente menos utilizadas).

A título de exemplo, podemos destacar quatro casos paradigmáticos deste uso:
  • " Celso Cunha (1917-1989, linguista brasileiro) e Lindley Cintra (1925-1991, linguista português), na Nova Gramática do Português Contemporâneo (7.ª ed., Rio de Janeiro: Lexikon, 2017; 1.ª edição: Lisboa: João Sá da Costa, 1984; Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985), referem as "normas europeia e americana do português" (p. XXIV) e distinguem dentro das variedades do português, os "dialetos do português europeu", dividindo-os em setentrionais, centro-meridionais e galegos (p. 24), a par dos "dialetos das ilhas atlânticas" e dos "dialetos brasileiros".
  • " Na Introdução à Linguística Geral e Portuguesa, de Isabel Hub Faria et al. (Lisboa: Caminho, 1996), no capítulo "Variação linguística", as autoras referem que "o Português está vivo na sua variante europeia e na sua variante sul-americana, por exemplo, cada uma delas divisível em variedades linguísticas menores, numericamente inferiores, que ocupam áreas geográficas mais restritas. No entanto, todas elas partilham um conjunto de traços gramaticais que não difere substancialmente, embora o Português do Brasil tenda a seguir um rumo autónomo, divergente, na sua evolução [...]" (p. 483).
  • " Na Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus et al. (Lisboa: Caminho, 2003), Isabel Hub Faria refere que "em línguas com larga história de expansão mundial e de mobilidade dos seus falantes nativos, observa-se a existência de variedades que se vão progressivamente fixando e autonomizando, até ser possível caracterizá-las como variedades locais ou mesmo nacionais. É nessa perspectiva que distinguimos entre a variedade europeia do português que designamos de português europeu (PE) e variedade brasileira do português ou português brasileiro (PB)" (p. 34) [destacado a negro da autora].
  • " O Dicionário Terminológico (consultado em 2020-07-06), ferramenta do Ministério da Educação e Ciência do Governo Português para o ensino básico e secundário do português, refere-se à "variedade europeia do português", a par das "variedades africanas" e da "variedade brasileira".

Esta distinção que usa os adjectivos europeu e americano é usada também em relação a outras línguas, designadamente o espanhol ou o francês. Veja-se, a título de exemplo, as referências ao espanhol europeu no "Prólogo" da Nueva gramática de la lengua española (Madrid: Real Academia Española / Asociación de Academias de la Lengua Española, 2016): "Tiene [...] más sentido [...] mostrar separadas las opciones particulares que pueden proceder de alguna variante, sea del español americano o del europeo. [...] Al igual que se emplea en lingüística la expresión francés europeo (el de Francia, Bélgica y Suiza) para oponerlo al canadiense o al hablado en otras partes del mundo, se adopta el término de español europeo para hacer referencia al hablado en España. Como es obvio, español europeo no equivale a español peninsular, ya que solo el primero incluye los territorios insulares españoles."

As terminologias contribuem para a organização do conhecimento, nomeadamente do conhecimento técnico e científico, e os termos podem ser questionados e revistos, mas cremos que estas designações pretendem ser descritivas e não configuram qualquer juízo de valor sobre as variedades linguísticas.