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últimos

A forma últimosé [masculino plural de últimoúltimo].

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últimoúltimo
( úl·ti·mo

úl·ti·mo

)


adjectivoadjetivo

1. Que vem ou está depois de todos. = DERRADEIROPRIMEIRO

2. Mais recente; mais novo.ANTIGO

3. Que está em vigor. = ACTUAL, PRESENTE

4. Que vem imediatamente antes. = ANTERIOR, PRECEDENTESEGUINTE

5. Que precede imediatamente o momento presente; que acabou de passar, que está mais próximo de alguém num tempo decorrido (ex.: as cheias da última semana provocaram vários estragos; o número de transplantes renais aumentou no último ano). = PASSADOPRÓXIMO

6. Que corresponde à fase final ou terminal de algo.

7. De que não haverá outro, posteriormente (ex.: último recurso). = DERRADEIRO, EXTREMO, FINAL

8. Menos distinto; mais vil. = INFERIORSUPERIOR

9. Que atenta ao pormenor ou às coisas mais pequenas. = ÍNFIMO, MÍNIMO

10. Que não volta atrás ou não pode ser revogado. = DECISIVO, DEFINITIVO, IRREVOGÁVEL

11. Mais sério, ou mais grave (ex.: últimas consequências).


nome masculino

12. Aquele ou aquilo que vem ou está depois.PRIMEIRO

13. O que ocupa a posição mais humilde.PRIMEIRO

14. O que foi mencionado depois de todos os outros.PRIMEIRO

15. Termo, fim.INÍCIO, PRINCÍPIO

etimologiaOrigem etimológica:latim ultimus, -a, -um.
últimosúltimos

Auxiliares de tradução

Traduzir "últimos" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Havermos: usa-se hífen entre o r e o m ou escreve-se tudo junto?
As flexões do infinitivo pessoal ou do futuro do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) não se grafam com hífen (ex.: darmos, fazermos, partirmos, havermos).



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).