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tónica

A forma tónicapode ser [feminino singular de tónicotônico] ou [nome feminino].

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tónicatônica
( tó·ni·ca

tô·ni·ca

)


nome feminino

1. [Gramática] [Gramática] Vogal ou sílaba que tem o acento tónico.

2. [Música] [Música] Nota tónica de escala ou gama.

3. Destaque atribuído a alguma coisa. = ÊNFASE, REALCE

etimologiaOrigem etimológica: feminino de tónico.
grafiaGrafia no Brasil:tônica.
grafiaGrafia no Brasil:tônica.
grafiaGrafia em Portugal:tónica.
grafiaGrafia em Portugal:tónica.
tónicotônico
( tó·ni·co

tô·ni·co

)


adjectivoadjetivo

1. Que recebe o tom ou o acento (ex.: sílaba tónica).ÁTONO

2. [Gramática] [Gramática] Relativo à sílaba acentuada de uma palavra (ex.: acento tónico).

3. [Música] [Música] Relativo a tom (ex.: nota tónica).

4. [Medicina] [Medicina] Em que contracção súbita dos músculos (ex.: crise tónica; convulsão tónica).


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

5. Diz-se de ou medicamento que tonifica o organismo (ex.: remédios tónicos à base de ervas; tónico para recuperar o apetite). = TONIFICANTE

6. Diz-se de ou produto que fortifica, revitaliza ou aumenta a actividade dos órgãos (ex.: leite tónico de limpeza facial; tónico capilar).

etimologiaOrigem etimológica: grego tonikós, , -ón .
grafiaGrafia no Brasil:tônico.
grafiaGrafia no Brasil:tônico.
grafiaGrafia em Portugal:tónico.
grafiaGrafia em Portugal:tónico.
tónica

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Dúvidas linguísticas



Na frase ceámos à lareira que a noite estava fria, qual é a função desempenhada pela palavra que?
Na frase em análise, a palavra que desempenha a função de conjunção subordinativa causal, pois liga duas orações, exprimindo que a causa da oração principal ou subordinante (ceámos à lareira) decorre do que está explicado na subordinada (que a noite estava fria). Nesta frase, a conjunção que é substituível por outras conjunções causais, como porque ou pois (ceámos à lareira, porque a noite estava fria; ceámos à lareira, pois a noite estava fria), ou por outras locuções conjuncionais, como as locuções uma vez que ou visto que (ceámos à lareira, uma vez que a noite estava fria; ceámos à lareira, visto que a noite estava fria).



Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).