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tropéolo

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tropéolotropéolo
tropéolo


nome

(A definição desta palavra estará disponível brevemente. Envie comentários ou sugestões para dicionario@priberam.pt)


Dúvidas linguísticas


Em um texto que estou a estudar surge a palavra "onomatúrgica", no entanto não consigo achar o seu significado nem no vosso site nem em nenhum dicionário. Gostaria de saber o seu significado.
O adjectivo onomatúrgico não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição. No entanto, o seu uso não pode ser condenado, porquanto está correctamente formado; deriva da palavra grega onomatourgós, que significa “que cria palavras ou dá nomes às coisas” e que deu também origem ao português onomaturgo (termo que, de igual modo, não se encontra averbado em nenhum dicionário de língua portuguesa). Os termos onomaturgo e onomatúrgico são sinónimos enquanto adjectivos, com o mesmo sentido do étimo grego (ex.: trabalho onomaturgo = trabalho onomatúrgico), mas onomaturgo pode ainda ser usado como substantivo, com o significado “aquele que cria palavras ou dá nomes às coisas” (ex.: para aquele filósofo, Deus é um onomaturgo).



Surgiu-me uma dúvida na conjugação do verbo escrever. Na frase: Não quero com isto dizer que traduzir um texto seja mais intenso que escreve-lo ou será escrevê-lo?
A dúvida colocada diz respeito à conjugação do verbo escrever (e, em geral, de todos os verbos da segunda conjugação) no infinitivo, seguido de um clítico o. Este clítico, assim como as suas flexões a, os e as, quando segue formas verbais terminadas em -r, -s ou -z, apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -r, -s e -z. É por este motivo que se podem encontrar formas como nós escrevemos o livro --> nós escrevemo-lo; vós escrevíeis essa carta --> vós escrevíei-la; tu escreveras os textos --> tu escrevera-los.

Em alguns casos há necessidade de adequar a ortografia para manter o som dos tempos verbais sem o clítico ou para manter a distinção entre tempos verbais. É o caso de escreve-lo e escrevê-lo, que correspondem a duas formas distintas do verbo escrever : escreve-lo corresponde à segunda pessoa do singular do presente do indicativo (ex.: tu escreves o texto muito bem --> tu escreve-lo muito bem), enquanto escrevê-lo corresponde ao infinitivo (ex.: é possível escrever melhor este texto --> é possível escrevê-lo melhor). O acento circunflexo serve para manter a qualidade da vogal do infinitivo (ex.: escrev[ê]r --> escrevê-lo; pôr --> pô-lo).
Desta forma, na frase apresentada, a forma correcta seria escrevê-lo, pois nesse caso trata-se do infinitivo do verbo (Não quero com isto dizer que traduzir um texto seja mais intenso que escrevê-lo = escrever um texto).

O fenómeno descrito acima é geral para todas as conjugações. Na primeira conjugação, em -ar (ex.: adorar), para manter o som vocálico aberto do infinitivo (ex.: ador[á]r) é necessário utilizar o acento agudo (ex.: adorá-lo); se não apresentar acento, trata-se da segunda pessoa do singular do presente do indicativo (ex.: tu adora-lo). Na terceira conjugação, em -ir (ex.: partir), em geral não há necessidade de acentuar graficamente o i antes do clítico (ex.: parti-lo), pois em português o i tónico em final de palavra não necessita de acento (excepto em casos em que é necessário desfazer um hiato; consultar também a dúvida concluir e pronome -lo), mas neste caso não há confusão com a segunda pessoa do singular do presente do indicativo (ex.: tu parte-lo).