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traíra

Será que queria dizer trairá?

A forma traírapode ser [primeira pessoa singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de trairtrair], [terceira pessoa singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de trairtrair], [adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros], [nome de dois géneros] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
traíratraíra
( tra·í·ra

tra·í·ra

)


nome feminino

1. [Brasil] [Brasil] [Ictiologia] [Ictiologia] Nome vulgar de um género de peixes fluviais.

2. [Brasil] [Brasil] [Zoologia] [Zoologia] Nome vulgar de uma variedade de répteis.


nome de dois géneros

3. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pessoa que, num jogo, vence outra de quem é muito próxima ou íntima, especialmente no póquer.


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que ou o que comete traição, que trai a confiança de outrem (ex.: pessoa muito traíra; abaixo os traíras). = TRAIDOR

trairtrair
|a-í| |a-í|
( tra·ir

tra·ir

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Enganar com traição. = ATRAIÇOAR, FALSEAR

2. Revelar informação que era secreta. = DELATAR, DENUNCIAR

3. Deixar perceber. = REVELAR

4. Não cumprir promessa, compromisso ou princípio.

5. Ser infiel a.


verbo pronominal

6. Revelar (o que se desejaria ocultar). = DESCOBRIR-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim trado, -ere.
traíratraíra

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostava de saber o grau superlativo absoluto sintético das seguintes palavras: velho, esperto, forte e mau.
Os adjectivos velho, esperto, forte e mau flexionam no grau superlativo absoluto sintético como velhíssimo, espertíssimo, fortíssimo e malíssimo/péssimo, respectivamente.