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sombrinha

A forma sombrinhapode ser [derivação feminino singular de sombrasombra], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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sombrinhasombrinha
( som·bri·nha

som·bri·nha

)


nome feminino

1. Pequena sombra.

2. Pequeno guarda-sol de senhora.

3. [Brasil] [Brasil] Artefacto constituído por uma armação articulada que se pode abrir e fechar, coberta de tecido ou material afim, usado para resguardar da chuva ou do sol. = GUARDA-CHUVA

sombrinhas


nome feminino plural

4. Fantoches, figuras, paisagens ou cenas projectadas por lanterna-mágica ou aparelho fantasmagórico.

5. Imagens de diversos objectos, obtidas pela projecção numa parede ou em qualquer superfície branca, das sombras dos dedos das mãos, dispostos de certo modo.

etimologiaOrigem etimológica: sombra + -inha, feminino de -inho.
sombrasombra
( som·bra

som·bra

)
Imagem

Silhueta que um corpo desenha numa superfície quando ele se interpõe entre ela e o sol ou uma fonte de luz.


nome feminino

1. Claridade atenuada pela interposição de um corpo entre ela e a fonte de luz.

2. Silhueta que um corpo desenha numa superfície quando ele se interpõe entre ela e o sol ou uma fonte de luz.Imagem

3. Em estádios, praças de touros, anfiteatros, etc., conjunto dos assentos da parte onde não dá o sol.

4. Ausência de luz. = ESCURIDÃO, TREVAS

5. Peça de candeeiro ou de vela para diminuir ou desviar a intensidade da luz. = BANDEIRA, PANTALHA

7. [Figurado] [Figurado] Leve defeito. = MÁCULA, NÓDOA, SENÃO

8. Feição que um objecto apresenta à vista. = APARÊNCIA, ASPECTO, VISO

9. Leve noção. = IDEIA, TINTURAS

10. Segredo; mistério.

11. Corpo magro, esquelético.

12. Pessoa que acompanha outra constantemente ou a persegue.

13. O que entristece o espírito.

14. Vislumbre do que perdeu o seu antigo brilho, a sua antiga grandeza ou influência.

15. Alma de um morto. = ESPECTRO, FANTASMA

16. [Cosmetologia] [Cosmetologia] Produto destinado a dar cor à zona das pálpebras.Imagem

17. [Pintura] [Pintura] Conjunto das tintas escuras que representam a sombra.

18. [Informal] [Informal] Prisão.


à sombra da bananeira

Numa posição de inacção ou de conformismo.

à sombra de

Sob a protecção de; ao amparo de.

estar à sombra

Estar em lugar onde não se é incomodado ou onde não se corre perigo; estar na cadeia.

na sombra

Sem ser identificado. = ANONIMAMENTE

nem por sombra(s)

De modo nenhum.

sombra e água fresca

[Informal] [Informal] Vida despreocupada e ociosa (ex.: enquanto isso, os culpados continuam na sombra e água fresca).

sombra espúria

Penumbra de eclipse.

ter boa sombra

Ser simpático.

ter má sombra

Trazer consigo a infelicidade.

etimologiaOrigem etimológica: origem duvidosa, talvez do latim umbra, -ae, sombra.
sombrinhasombrinha

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Dúvidas linguísticas



Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).





Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.