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sobre-entendi

A forma sobre-entendié [primeira pessoa singular do pretérito perfeito do indicativo de entenderentender].

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entenderentender
|ê| |ê|
( en·ten·der

en·ten·der

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Apossar-se do sentido de (o que ouvimos ou lemos).

2. Ser de opinião; julgar.


verbo intransitivo

3. Ser entendedor.

4. Superintender.

5. [Informal] [Informal] Contender, armar rixas.


verbo pronominal

6. Compreender-se (a si mesmo).

7. Referir-se; ser concernente.

8. Estar de acordo (duas ou mais pessoas).

9. Combinar.


nome masculino

10. Maneira de pensar ou de ver. = ENTENDIMENTO, JUÍZO, PARECER, OPINIÃO

etimologiaOrigem etimológica:latim intendo, -ere, estender, pretender, estar atento.

iconeConfrontar: intender.
sobre-entendisobre-entendi


Dúvidas linguísticas



Qual seria a pronúncia correta de besta (animal quadrúpede) e beste (arma para arremessar setas) ? A pronúncia seria a mesma?
As formas besta (animal quadrúpede) e besta [não beste, como refere] (arma para arremessar setas) são homógrafas, i. e., escrevem-se da mesma forma mas têm pronúncias diferentes: besta (arma) pronuncia-se com /é/ (bésta) e besta (quadrúpede) pronuncia-se com /ê/ (bêsta).



Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.