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raivita

A forma raivitaé [derivação feminino singular de raivaraiva].

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raivaraiva
( rai·va

rai·va

)
Imagem

PortugalPortugal

CulináriaCulinária

Biscoito seco estaladiço, feito de manteiga, ovos, açúcar, farinha de trigo e canela, moldado de forma intrincada com padrões irregulares.


nome feminino

1. [Veterinária] [Veterinária] Doença infecciosa, transmissível pela mordedura de animais contagiados, provocada por um vírus que ataca o sistema nervoso dos mamíferos, caracterizada por estados de agitação que podem levar ao delírio furioso e à paralisia (ex.: vacina contra a raiva). = HIDROFOBIA

2. Sentimento de fúria intensa que pode manifestar-se através de agressividade física ou verbal (ex.: arrancou punhados de cabelo num acesso de raiva). = CÓLERA, IRA

3. Grande irritação ou aversão em relação a algo ou alguém (ex.: ficou com muita raiva do companheiro; ainda subsiste alguma raiva pelos antigos patrões; tenho raiva às pessoas que maltrataram aqueles meninos). = HORROR, ÓDIO, RANCOR

4. Prurido da dentição nas crianças. = RAIVINHAS

5. [Portugal] [Portugal] [Culinária] [Culinária] Biscoito seco estaladiço, feito de manteiga, ovos, açúcar, farinha de trigo e canela, moldado de forma intrincada com padrões irregulares.Imagem = RAIVINHA

6. Desejo ou apetite intenso e irresistível.

7. [Antigo] [Antigo] Mancha na reputação. = DESCRÉDITO, INFÂMIA, LABÉU


fulo de raiva

[Informal] [Informal] O mesmo que louco de raiva.

louco de raiva

[Informal] [Informal] Muito zangado; com muita fúria (ex.: o pai ficou louco de raiva quando soube do acontecido). = ENCOLERIZADO, FURIOSO, IRADO

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar rabia, do latim rabies, -ei.

Ver também resposta à dúvida: regência do substantivo raiva.
raivitaraivita


Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).