PT
BR
Pesquisar
Definições



primavera

A forma primaverapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de primaverarprimaverar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de primaverarprimaverar] ou [nome feminino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
primaveraprimavera
|é| |é|
( pri·ma·ve·ra

pri·ma·ve·ra

)
Imagem

BotânicaBotânica

Planta (Primula vulgaris) da família das primuláceas, de flores amarelas, nativa da Europa e cultivada como planta ornamental.


nome feminino

1. Estação que precede o Verão. (Com inicial maiúscula.)

2. Tempo ameno primaveril.

3. Juventude ou infância.

4. Ano da idade, geralmente em pessoas jovens (ex.: celebrou as suas 12 primaveras). [Mais usado no plural.]

5. Época primeira; tempo primordial ou inicial. = AURORA, COMEÇO, INÍCIO, PRINCÍPIOCREPÚSCULO, DECLÍNIO, OCASO

6. Tempo de renovação ou de mudança serena.

7. [Botânica] [Botânica] Planta (Primula vulgaris) da família das primuláceas, de flores amarelas, nativa da Europa e cultivada como planta ornamental.Imagem = PÃO-E-QUEIJO, PRÍMULA, QUEJADILHO

8. [Botânica] [Botânica] Planta convolvulácea.

9. [Ornitologia] [Ornitologia] Ave passeriforme (Nengetus cinereus) da família dos tiranídeos. = NOIVINHA-CINZENTA


primavera árabe

[História] [História]  Conjunto de revoltas, manifestações e protestos antigovernamentais que, entre 2010 e 2012, se realizaram em vários países do Norte de África e do Médio Oriente. (Geralmente com inicial maiúscula.)

primavera de Praga

[História] [História]  Período após a chegada ao poder de Alexandre Dubcek, na Checoslováquia, em Janeiro de 1968, que perspectivava uma abertura do regime vigente, e que terminou com a invasão soviética em Agosto de 1968. (Geralmente com inicial maiúscula.)

primavera dos povos

[História] [História]  Conjunto de revoltas ocorridas na Europa, na sequência da Revolução de 1848 em França.

primavera marcelista

[Portugal] [Portugal] [História] [História]  Período inicial do governo de Marcelo Caetano, que perspectivava uma abertura do regime vigente que não se concretizou. (Geralmente com inicial maiúscula.)

etimologiaOrigem etimológica:latim tardio primavera, do latim primus, -a, -um, primeiro + ver, veris, primavera.
primaverarprimaverar
( pri·ma·ve·rar

pri·ma·ve·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Passar a estação da Primavera em determinado local.


verbo intransitivo

2. [Figurado] [Figurado] Ter aspecto fresco, jovem, primaveril.

etimologiaOrigem etimológica:primavera + -ar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "primavera" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Qual é o plural de porta-voz?
De acordo com a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (p. 188), quando uma palavra hifenizada é composta por um verbo e um substantivo, apenas este último adquire a flexão do plural. Assim, o plural de porta-voz é porta-vozes, tal como o plural de guarda-chuva é guarda-chuvas e o de beija-flor é beija-flores.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.