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pintáramos

A forma pintáramosé [primeira pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de pintarpintar].

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pintarpintar
( pin·tar

pin·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cobrir com tinta (ex.: pintar o muro; pintei a parede de azul).

2. Aplicar cor a ou tornar colorido. = COLORIR

3. Representar por traços, desenho ou combinação de cores (ex.: pintar uma paisagem; pinta cenas marítimas).

4. Representar pela palavra ou pela escrita (ex.: o chefe não é tão mau como o pintam). = DESCREVER, RETRATAR

5. [Informal] [Informal] Fazer cair em logro ou engano. = ENGANAR, ILUDIR, LOGRAR


verbo transitivo e pronominal

6. Aplicar produtos cosméticos que dão cor ou mudam a cor (ex.: pintar o cabelo; pintou os olhos; não sai de casa sem se pintar).


verbo intransitivo

7. Dedicar-se à pintura de obras artísticas (ex.: deixou de pintar).

8. Começar a tomar cor (ex.: as cerejas já pintam).

9. Começar a ficar com pêlos ou cabelos brancos. = EMBRANQUECER, ENCANECER

10. [Informal] [Informal] Começar a surgir penugem ou pêlos num adolescente.

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Surgir algo ou alguém, geralmente de forma inesperada (ex.: ainda não pintou ninguém melhor; pintou um clima interessante; se pintar um problema, ela resolve). = APARECER


verbo pronominal

12. Tingir-se.


nome masculino

13. Acto ou modo de pintar.


pintar bem

Ser prometedor.

pintar mal

Não ser prometedor.

vir ao pintar

Vir a propósito.

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar *pinctare, de *pinctus, do latim pictus, -a, -um, particípio passado de pingo, -ere, pintar.
Confrontar: pitar, pontar.

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre o uso do acento grave (chamamos de crase aqui no Brasil). Um amigo me disse que pode-se escrever à favor, alegando que é opcional o uso da crase em locuções adverbiais. Ele está correto?
A crase à é uma contracção da preposição a com o artigo definido feminino a. Para haver o uso desta crase, é necessário que haja um substantivo feminino a seguir que justifique o uso do artigo definido feminino (ex.: estava à frente = estava a[PREP]+a[ART] frente; foi à caça = foi a[PREP]+a[ART] caça). Não poderá usar a crase numa expressão como a favor, pois favor é um substantivo masculino e nunca poderia ser antecedido do artigo definido feminino a. Em alguns casos poderá haver uso de crase antes de substantivos masculinos, mas apenas em situações muito específicas, em que se pode subentender locuções como moda de ou maneira de (ex.: coelho à [maneira do] caçador).
Sobre este assunto, poderá também consultar outras respostas em regência verbal e nominal, graças a deus e crase em intervalo temporal.




Tenho informações de que a palavra adequar é verbo defectivo e portanto, dizer "eu adequo" estaria errado por não existir esta conjugação.
Nem sempre há consenso entre os gramáticos quanto à defectividade de um dado verbo. É o que acontece no presente caso: o Dicionário Aurélio Eletrônico, por exemplo, regista o verbo adequar como defectivo, conjugando-o apenas parcialmente, enquanto o Dicionário Eletrônico Houaiss conjuga o verbo em todas as suas formas. A este respeito convém talvez transcrever o que diz Rebelo Gonçalves (que conjuga igualmente o referido verbo em todas as formas) no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966: p. xxx):

"3. Indicando a conjugação de verbos defectivos, incluímos nela, donde a onde, formas que teoricamente podem suprir as que a esses verbos normalmente faltam. Critério defensável, parece-nos, porque não custa admitir, em certos casos, que esta ou aquela forma, hipotética hoje, venha a ser real amanhã; e, desde que bem estruturada, serve de antecipado remédio a possíveis inexactidões."

A defectividade verbal ocorre geralmente por razões de pronúncia (por exemplo, para não permitir sequências sonoras estranhas ou desagradáveis ao ouvido dos falantes como *coloro em “Eu coloro com tinta verde.” [leia-se: “Eu estou a colorir com tinta verde” / “Eu estou colorindo com tinta verde”]) ou por razões de significado (nem sempre a ideia transmitida pelo verbo é passível de ser expressa por todas as pessoas gramaticais). No entanto, convém ter em mente, como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade.

No caso em análise, será correcta uma frase como "eu adequo a minha linguagem ao público a que me dirijo".