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tato

áspero | adj.

Que produz no tacto uma impressão desagradável....


Que tem uma sensibilidade fina, específica e localizada ao tacto, à pressão, à dor ou à temperatura, por oposição a protopático (ex.: sensibilidade epicrítica, sistema epicrítico)....


tato | adj.

Gago....


Que tem uma sensibilidade grosseira, pouco específica ou pouco localizada ao tacto, à pressão, à dor ou à temperatura, por oposição a epicrítico (ex.: sensibilidade protopática, sistema protopático)....


macio | adj.

Brando (ao tacto)....


escabro | adj.

Áspero ao tacto (ex.: folha escabra)....


escarcha | n. f.

Coisa áspera ao tacto....


protopatia | n. f.

Sensibilidade grosseira, pouco específica ou pouco localizada ao tacto, à pressão, à dor ou à temperatura....


tacto | n. m.

Sensação produzida por contacto....


afefobia | n. f.

Medo patológico de ser tocado....


hafefobia | n. f.

Medo patológico de ser tocado....


hafemetria | n. f.

Medição da sensibilidade do tacto....


haféfobo | adj. n. m. | adj.

Que ou o que tem hafefobia....


tentáculo | n. m.

Apêndice móvel não articulado que serve de órgão do tacto a muitos animais....


veludo | n. m. | adj.

Objecto extremamente macio ao tacto....


sentido | adj. | n. m. | interj. | n. m. pl.

Faculdade que têm o homem e os animais de receber as impressões dos objectos exteriores (ex.: sentido da audição; sentido da visão; sentido do olfacto; sentido do paladar; sentido do tacto)....


tino | n. m.

Tacto....


háptico | adj.

Relativo ao tacto ou ao toque (ex.: percepção háptica; sistema háptico)....



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Como grafar "marcha ré": marcha a ré, marcha-ré, marcha ré, marcha-a-ré?
A grafia correcta é sem hífen: marcha à ré (na norma europeia) e marcha a ré (na norma brasileira). A diferença ortográfica entre as duas normas do português deve-se ao facto de, na norma portuguesa, a locução incluir o artigo definido a, o que provoca a crase com a preposição a: marcha à. Na norma brasileira a locução não inclui o artigo definido, pelo que não há crase: marcha a.

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