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subentendi

| adv. | interj.

Local referido anteriormente ou subentendido (ex.: decidiu voltar à cidade para aí montar um negócio)....


expresso | adj. | n. m.

Que se manifesta....


mesozeugma | n. f.

Espécie de zeugma em que a palavra se subentende antes e depois da oração em que se acha (ex.: há mesozeugma em "ontem pobre, hoje estás rico, amanhã na miséria")....


zeugma | n. m.

Figura de estilo pela qual uma palavra, já expressa numa proposição, se subentende noutra ou noutras que com a primeira têm analogia ou relação....


implícito | adj.

Incluído ou contido, ainda que não expressado em palavras....


explícito | adj.

Que se declarou ou enunciou de modo perfeito ou literal, sem ambiguidades ou dúvidas (ex.: autorização explícita)....


implicitude | n. f.

Qualidade ou condição do que é implícito ou está subentendido....


subentender | v. tr.

Entender ou perceber (o que não estava exposto ou bem explicado)....


subtender | v. tr.

Estender por baixo de....


subtendido | adj.

Que se subtendeu ou que se estendeu por baixo de algo....


tácito | adj.

Que não está declarado, mas que se subentende....


subliminar | adj. 2 g. | n. m.

Que não está explícito, mas é subentendido....


metáfora | n. f.

Figura de retórica em que a significação habitual de uma palavra é substituída por outra, só aplicável por comparação subentendida (ex.: há uma metáfora no verso de Camões "amor é fogo que arde sem se ver")....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).

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