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sobreiros

falca | n. f.

Toro ou peça de madeira desbastada com machado ou enxó....


landeira | n. f.

Montado de sobreiros....


meças | n. f. pl.

Designação dada a duas ou mais partes em que estão divididos o tronco e ramos de um sobreiro e cuja cortiça não é retirada no mesmo ano (ex.: a exploração dos sobreiros em meças será proibida em Portugal a partir de 2030)....


sobreira | n. f.

Variedade de sobreiro....


sobreiro | n. m.

Árvore da família das fagáceas (Quercus suber) de que se extrai a cortiça....


desbóia | n. f.

Extracção da primeira cortiça do sobreiro....


montaraz | adj. 2 g. | n. m.

Guarda de mato ou de montado (ex.: são os montarazes que cortam os sobreiros)....


péla | n. f.

Cada camada de cortiça nos sobreiros....


corcha | n. f.

Casca do sobreiro, do sobro e da azinheira....


cobrilha | n. f.

Insecto coleóptero (Coraebus undatus) da família dos buprestídeos, cujas larvas se alimentam da casca do sobreiro....


secundeira | adj. f. n. f.

Diz-se de ou cortiça que corresponde à segunda tiragem da casca dos sobreiros....


amadia | adj. f. n. f.

Diz-se de ou cortiça que corresponde às tiragens da casca do sobreiro feitas depois da primeira e da segunda tiragens....


virgem | adj. 2 g. n. 2 g. | n. f. | n. 2 g. | adj. 2 g. | n. f. pl.

Que ou quem nunca teve relações sexuais....


cortiça | n. f.

Casca do sobreiro, do sobro e da azinheira....


macheiro | n. m.

Sobreiro, antes de chegar ao seu perfeito crescimento....


chaparreiro | n. m.

Sobreiro novo, de que ainda não se extraiu cortiça....


chaparro | n. m.

Sobreiro novo, de que ainda não se extraiu cortiça....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber algo sobre a palavra tauba, pois ouvi dizer que a palavra não está errada, mas achei em dicionário algum... Então fiquei em dúvida se ela é uma palavra nativa da língua portuguesa, ou é uma forma errada de pronunciá-la!
A palavra tauba não se encontra averbada em nenhum dicionário de língua portuguesa por nós consultado e o seu uso é desaconselhado na norma portuguesa. Trata-se de uma deturpação por metátese (troca da posição de fonemas ou sílabas de um vocábulo) da palavra tábua. Essa forma deturpada é usada em registos informais ou populares de língua, mais característicos da oralidade.

Regra geral, os dicionários registam o léxico da norma padrão, respeitando a ortografia oficial e descurando as variantes dialectais e populares. Ao fazê-lo, demarca-se o português padrão, aquele que é ensinado oficialmente, do português não padrão, aquele que se vai mantendo por tradição oral, em diferentes regiões do espaço lusófono. Ainda assim, há alguns exemplos deste português não padrão que se encontram registados em dicionários da língua padrão, seja porque surgem com alguma frequência em textos literários, seja porque se generalizaram em alguns estratos, seja para reencaminhar o consulente para a forma correcta. Tal acontece em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), que regista, por exemplo, palavras como açucre, fror, frechada, prantar, pregunta, preguntar ou saluço a par das formas oficiais açúcar, flor, flechada, plantar, pergunta, perguntar, soluço, ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que regista palavras como bonecra, noute e aguantar a par das formas boneca, noite e aguentar.


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