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sátiras

ad unguem | loc.

Alusão ao costume dos estatuários antigos que passavam a unha pela superfície do mármore, para avaliarem o polimento e o grau de perfeição do seu trabalho Horácio, Sátiras, I, 5, 32....


momo | n. m.

Deus da sátira e do riso. (Com inicial maiúscula.)...


silografia | n. f.

Arte de compor silos (sátiras)....


sátira | n. f.

Poesia em que o autor mete a ridículo os vícios ou defeitos de uma época ou pessoa....


satirista | n. 2 g.

Pessoa que faz sátiras....


sotia | n. f.

Peça do teatro francês, espécie de sátira dialogada, em que os comediantes representavam personagens de um povo de doidos, com alusão a personagens do mundo real....


filípica | n. f.

Discurso violento e pessoal, semelhante ao discurso de Demóstenes (384 a.C.-322 a.C., político ateniense) sobre Filipe II da Macedónia (382 a.C.-336 a.C., rei da Macedónia)....


satírico | adj. | n. m.

Autor de sátiras....


dicteríade | n. f.

Actriz que, entre os antigos gregos, representava pantomimas ou sátiras....


apinário | n. m.

Comediante que, entre os romanos, representava as sátiras....


ferroada | n. f.

Picada com ferrão....


satirizar | v. intr. | v. tr.

Fazer sátiras....


Mudando apenas o nome (ex.: este ministério, mutato nomine, é o mesmo que o anterior)....


Horácio, depois de haver descrito a insensatez do avarento, dirige-se com esta expressão a um interlocutor imaginário....


Palavras de Horácio que recomenda, no gracejar, que nunca se devem admitir ditos pesados que possam magoar ou ofender aqueles a quem são dirigidos....


Frase a respeito do poeta Lucílio que, naquela posição, ditava duzentos versos à hora....


Expressão poética de Horácio para designar a inspiração sublime do génio....



Dúvidas linguísticas



Como se designa algo que escraviza? Os termos escravizante e escravizador não aparecem no dicionário.
Nenhum dicionário regista de modo exaustivo o léxico de uma língua e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não é excepção. Apesar de não se encontrarem registadas no DPLP, as palavras escravizador e escravizante podem ser encontradas noutros dicionários de língua portuguesa com o significado “que escraviza”.

Estas duas palavras são formadas com dois dos sufixos mais produtivos do português (-ante e -dor), pelo que é sempre possível formar correctamente novas palavras com estes sufixos (normalmente a partir de verbos) que não se encontram registadas em nenhum dicionário.




O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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