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mastigada

boto | adj.

Que perdeu o gume ou a ponta, não podendo por isso cortar ou furar como antes....


mastigável | adj. 2 g.

Que se pode ou deve mastigar (ex.: comprimido mastigável)....


chicle | n. m.

Látex que escorre da sapota e é utilizado no fabrico da chiclete....


didução | n. f.

Movimento lateral do queixo inferior dos herbívoros ao mastigar e dos ruminantes ao ruminar....


masséter | n. m.

Músculo que serve para o movimento da maxila (na mastigação)....


mastigação | n. f.

Acto ou efeito de mastigar; trituração....


mastigadouro | n. m.

Freio que facilita aos cavalos a mastigação....


cremalheira | n. f.

Corrente de ferro, pendente da chaminé, para suspender sobre o fogo o recipiente em que se preparam os alimentos....


Impregnação dos alimentos pela saliva quando se mastigam (ex.: a insalivação prepara a digestão)....


mastigador | adj. n. m. | n. m.

Que ou aquele que mastiga ou serve para a mastigação....


bucinador | adj. n. m.

Diz-se de ou músculo facial que serve na mastigação e no sopro....


sabor | n. m.

Impressão que deixa na boca o que se mastiga ou se engole....


dentilária | n. f.

Planta (Plumbago europaea) da família das plumbagináceas, com flores de cor violeta, e cuja raiz, mastigada, era usada para tratar a dor de dentes....


dentelária | n. f.

Planta (Plumbago europaea) da família das plumbagináceas, com flores de cor violeta, e cuja raiz, mastigada, era usada para tratar a dor de dentes....



Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Em "Ninguém te vai agradecer", qual a função sintáctica de te? Será complemento indirecto?
O pronome pessoal te pode desempenhar função de complemento directo (ex.: vi-te ontem) ou de complemento indirecto (ex.: dei-te um beijo). No caso em apreço, o pronome te desempenha a função de complemento indirecto, uma vez que corresponde à pronominalização de uma construção do verbo agradecer como transitivo indirecto, com a preposição a (agradecer-te = agradecer a ti), podendo ocorrer com um complemento directo (ex.: ninguém te vai agradecer o favor = ninguém to vai agradecer).
Para determinar a função sintáctica deste pronome, é útil substituir a segunda pessoa gramatical (tu > te) pela terceira (ele > o/lhe), pois neste caso o complemento directo e o complemento indirecto têm formas diferentes, o para o complemento directo, lhe para o complemento indirecto (ex.: ninguém vai agradecer o favor ao rapaz > ninguém lhe vai agradecer o favor / *ninguém o vai agradecer o favor; o asterisco indica agramaticalidade).

Para dúvidas deste teor, poderá consultar uma obra como o Dicionário Gramatical de Verbos Portugueses, dirigido por João Malaca CASTELEIRO (Lisboa: Texto Editores, 2007), que contém a explicitação das funções sintácticas de cada verbo.


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