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manhas

arteiro | adj.

Que tem ou usa de manha ou astúcia....


zafimeiro | adj.

Que age com manha ou astúcia....


banha | n. f.

Gordura animal, em especial a do porco....


lábia | n. f.

Tentativa de enganar ou de convencer alguém através de discurso astucioso....


maturrangas | n. f. pl.

Usado na expressão dar nas maturrangas, descobrir as manhas, tocar no ponto vulnerável....


saberete | n. m. | adj. 2 g.

Conhecimento superficial....


socapa | n. f.

Disfarce ou manha para enganar....


solapa | n. f.

Cova subterrânea ou por entre brejos de modo que não seja vista....


vivaldino | n. m.

Indivíduo que age com astúcia e manha....


arte | n. f.

Capacidade ou habilidade para a aplicação de conhecimento ou para a execução de uma ideia....


artifício | n. m.

Meio artificial através do qual se produz algo....


dolo | n. m.

Artifício fraudulento....


fistor | n. m.

Pessoa que exibe valentias ou qualidades falsas ou exageradas....


gateador | n. m.

Caçador que usa astúcia e manha para se aproximar da caça e matá-la....


gatimanho | n. m.

Gesticulação ridícula....


gíria | n. f.

Linguagem característica de um grupo profissional ou sociocultural....


invencionice | n. f.

Extravagância; manha, astúcia; mentira; intriga....



Dúvidas linguísticas



Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.




Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.


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