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gramatical

Designação latina dada a palavras ou expressões que correspondem a um plural gramatical, mas que designam um objecto ou referente singular, normalmente formado por duas partes mais ou menos simétricas, como as palavras calças ou óculos....


calinada | n. f.

Erro gramatical na oralidade ou na escrita (ex.: essa calinada é quase um atentado à língua portuguesa)....


escólio | n. m.

Comentário, explicação gramatical ou crítica sobre os autores antigos, particularmente da Grécia....


exegese | n. f.

Interpretação gramatical, histórica, jurídica, etc., dos textos e particularmente da Bíblia....


prótase | n. f.

Primeira parte de um período gramatical....


poliptóton | n. m.

Acto de empregar, num período, uma palavra sob diversas formas gramaticais....


anacoluto | n. m.

Construção gramatical que começa por uma forma e acaba por outra....


pessoal | adj. 2 g. | n. m.

Relativo a pessoa gramatical (ex.: pronome pessoal)....


rima | n. f. | n. f. pl.

Aquela em que as palavras têm a mesma categoria gramatical (ex.: feliz/infeliz)....


Condição do que respeita as regras da gramática....


epexegese | n. f.

Aposição gramatical em que os apostos se seguem sem conjunção que os ligue....


Escrúpulo exagerado na construção gramatical das frases....


gramático | adj. | n. m.

Relativo à gramática....


poliptoto | n. m.

Acto de empregar, num período, uma palavra sob diversas formas gramaticais....


guna | n. m.

Na tradição gramatical sânscrita, adição de um a breve à vogal radical....


função | n. f.

Relação gramatical que se estabelece entre os sintagmas de uma frase (ex.: o pronome pessoal eu desempenha a função sintáctica de sujeito)....



Dúvidas linguísticas



Ouve-se em certos telejornais expressões como a cujo ou em cujo; contudo gostaria de saber se gramaticalmente a palavra cujo pode ser antecedida de preposição.
O uso do pronome relativo cujo, equivalente à expressão do qual, pode ser antecedido de preposição em contextos que o justifiquem, nomeadamente quando a regência de alguma palavra ou locução a tal obrigue. Nas frases abaixo podemos verificar que o pronome está correctamente empregue antecedido de várias preposições (e não apenas a ou em) seleccionadas por determinadas palavras (nos exemplos de 1 e 2) ou na construção de adjuntos adverbiais (nos exemplos de 3 e 4):

1) O aluno faltou a alguns exames. O aluno reprovou nas disciplinas a cujo exame faltou. (=O aluno reprovou nas disciplinas ao exame das quais faltou);
2) Não haverá recurso da decisão. Os casos serão julgados pelo tribunal, de cuja decisão não haverá recurso. (=Os casos serão julgados pelo tribunal, dadecisão do qual não haverá recurso);
4) Houve danos em algumas casas. Os moradores em cujas casas houve danos foram indemnizados. (=Os moradores nas casas dos quais houve danos foram indemnizados);
5) Exige-se grande responsabilidade para o exercício desta profissão. Esta é uma profissão para cujo exercício se exige grande responsabilidade. (=Esta é uma profissão para o exercício da qual se exige grande responsabilidade).




Como se lê/escreve a palavra x-acto com o novo acordo ortográfico?

A palavra X-Acto corresponde originalmente a uma marca comercial e é pronunciada correntemente em português como (chizáto), sem articulação do som da consoante -c-. Por se tratar de um nome comercial, e segundo a Base XXI do Acordo Ortográfico de 1990, as regras ortográficas não se aplicam.

Outra grafia para designar o mesmo objecto é xis-acto, que corresponde a uma adaptação aos padrões do português, fenómeno muito comum em aportuguesamentos. Esta forma, que já não corresponde à marca registada, já torna possível a aplicação das novas regras ortográficas (cf. Base IV do Acordo Ortográfico de 1990), o que justifica passar a escrever-se xis-ato com aplicação da nova ortografia.

Tratando-se uma palavra de origem estrangeira, derivada de uma marca comercial, com uma grafia pouco comum no sistema ortográfico do português, não deixa de ser interessante que pesquisas em corpora e em motores de busca revelem ocorrências das formas xizato (em maior número até do que xizacto), o que demonstra a tendência que os falantes sentem de aproximar termos estrangeiros aos padrões da língua portuguesa.

Outros casos de palavras que sofreram o mesmo processo incluem, por exemplo, chiclete, fórmica, gilete, jipe, lambreta, licra, óscar, pírex, polaróide, rímel, tartã ou vitrola. Estas e outras palavras tornaram-se nomes comuns, ainda que originalmente derivadas de marcas comerciais, e integraram-se no sistema da língua com maiores ou menores alterações.



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