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estroinai

vidairada | n. f.

Vida desregrada de estroina ou vagabundo....


valdevinos | n. m. 2 núm.

Indivíduo que gosta de vida boémia....


aldeagante | n. 2 g.

Pessoa alegre, desenvolta....


estroinice | n. f.

Acto, dito ou comportamento de estroina....


vida | n. f.

O período de tempo que decorre desde o nascimento até à morte dos seres....


fragateiro | n. m. | adj.

Tripulante de fragata (no Tejo)....


extravagante | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Que extravaga....


pagodeiro | adj. n. m. | n. m.

Que ou quem gosta de se divertir em festas e pagodes....


artola | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem se considera como tendo pouco juízo, como sendo muito ingénuo ou pouco hábil....


desvairado | adj. | adj. n. m.

Que perdeu o juízo ou o bom senso....


estourado | adj. | adj. n. m.

Que se estourou....


estúrdio | adj. n. m.

Estouvado; leviano; travesso; estroina....


levado | adj. | adj. n. m. | n. m.

Que se levou....


pândego | adj. n. m.

Que ou quem gosta de pândegas ou de vida boémia....


insensato | adj. n. m.

Que ou aquele que demonstra insensatez....



Dúvidas linguísticas



Sociodemográfico ou socio-demográfico?
O elemento de composição socio- não se separa com hífen das palavras às quais se apõe, excepto quando estas começam por h (ex.: socio-histórico) ou o, daí que a forma correcta seja sociodemográfico.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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