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estranhará

apolítico | adj.

Que é estranho à política....


bizarro | adj.

Que se destaca pela postura, distinção, elegância (ex.: porte bizarro)....


célebre | adj. 2 g.

Que tem grande fama....


chucro | adj.

Bravo ou ainda não domesticado (ex.: animais chucros)....


espúrio | adj.

Que não tem pai certo ou que não pode ser perfilhado (ex.: filho espúrio)....


Que é estranho ou pouco convencional (ex.: frases esquipáticas)....


forâneo | adj.

Que é de fora; que não é da terra em que se encontra (ex.: juiz forâneo)....


informe | adj. 2 g.

Sem forma determinada....


xeno- | elem. de comp.

Exprime a noção de estrangeiro (ex.: xenofobia)....


Expressão usada para dizer a alguém que se deixa distrair por algo estranho à sua ocupação que deve prestar atenção ao que faz....


alotrio- | elem. de comp.

Exprime a noção de pertencente a outro, estranho (ex.: alotriomorfo)....


axénico | adj.

Que não está contaminado ou que está livre de qualquer outro organismo (ex.: cultura axénica de microalgas; meio de cultura líquido axénico; testes em condições axénicas)....


comunicado | n. m.

Artigo de jornal, estranho à redacção e apenas de interesse particular....



Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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