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cortarão

aberto | adj.

Que não tem cobertura....


Diz-se da linha que corta dois planos de estratificação....


carneeiro | adj.

Que serve para cortar carne ou matar reses....


cérceo | adj. | adv.

Sem ficar nada pegado (do que se cortou)....


corto | adj.

Cortado....


cortês | adj. 2 g.

Que usa de cortesia (ex.: pessoa muito cortês)....


decotado | adj.

Que tem ou traz decote....


dentado | adj.

Ferido ou cortado com os dentes....


Cortado a intervalos; interrompido; entremeado....


espevitado | adj.

Diz-se do pavio cortado com a espevitadeira....


Designativo da peça de carpintaria que não foi cortada em ângulo recto....


escarpado | adj.

Que tem escarpa; cortado a pique, íngreme....


interciso | adj.

Cortado pelo meio, dividido, interrompido....


Cortado de trecho a trecho por articulações....


picadinho | adj.

Que se melindra com facilidade; que se ofende por qualquer futilidade....


preciso | adj.

Que faz falta (ex.: fez uma lista de tudo o que era preciso para a viagem)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.


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