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cambiarão

câmbio | n. m.

Permutação, escambo....


paridade | n. f.

Qualidade do que é par....


cambiador | n. m.

Pessoa que trabalha com câmbio (ex.: cambiador de moeda)....


cambar | v. intr. | v. tr.

Mudar, transformar....


cambiar | v. tr. | v. intr.

Fazer operações de câmbio....


mudar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e intr. | v. intr.

Fazer ou sofrer alteração....


recambiar | v. tr. | v. intr.

Fazer voltar à origem (o que se não aceita)....


cambial | adj. 2 g. | n. f.

Relativo a câmbio, que serve para operações de câmbio....


cambiante | adj. 2 g. | n. m.

Que cambia ou muda, geralmente de forma gradual....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Existe na língua portuguesa "dativo de interesse" tal como existe em castelhano?
Em português, o pronome de interesse é de uso bastante frequente, sobretudo num nível de linguagem mais coloquial. Em frases como come-me a sopa ou tu não me sejas bisbilhoteiro, o dativo de interesse, ou dativo ético, tem função meramente expressiva ou enfática. Este tipo de construção indica que a pessoa que fala está claramente interessada na exortação que faz ou na realização do seu desejo ou da sua vontade.

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