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calafetais

trincado | adj.

Cortado com os dentes....


abetumado | adj.

Tapado com betume; calafetado; triste....


carcanel | n. m.

Ferro de calafeto, com um ou mais gornes....


estopa | n. f.

Parte grossa do linho que fica no sedeiro quando o assedam....


calafetar | v. tr. | v. pron.

Vedar com estopa alcatroada as juntas dos navios, das aduelas, tampos de pipa, etc....


estopar | v. tr. | adj. 2 g.

Encher ou chumaçar com estopa; calafetar....


frisar | v. tr. | v. intr. e pron. | v. tr. e intr.

Tornar crespo, encrespar....


breu | n. m.

Substância sólida, geralmente muito escura, obtida por destilação do alcatrão da hulha, da resina ou do petróleo....


abetumar | v. tr. | v. intr.

Cobrir com betume....


própole | n. f. ou m.

Matéria viscosa e aromática produzida pelas abelhas, depois de misturarem substâncias resinosas ou balsâmicas com as suas secreções, e que elas empregam, por exemplo, para calafetar os cortiços e os proteger....


própolis | n. f. ou m. 2 núm.

Matéria viscosa e aromática produzida pelas abelhas, depois de misturarem substâncias resinosas ou balsâmicas com as suas secreções, e que elas empregam, por exemplo, para calafetar os cortiços e os proteger....


calafate | n. m.

Operário que calafeta ou veda com estopa alcatroada as juntas de navios, aduelas, tampos de pipa, etc....


frisa | n. f.

Tecido grosseiro de lã....



Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




Gostava de saber a evolução etimológica da palavra opinião.
Como poderá verificar no verbete opinião do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra deriva directamente do latim opinio, -onis, através do acusativo opinionem, como a maioria das palavras derivadas do latim, com queda da consoante nasal final (opinione).
Seguiu-se, de forma regular, a queda do -e átono do singular e consequente nasalização do -o- antes da consoante nasal (opinione > opinion > opiniõ), havendo ao longo do séc. XVI a transformação de em -ão no singular e a manutenção de -ões no plural (opiniones > opiniões).


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