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arguíeis

arguitivo | adj.

Que se emprega como argumento....


Qualidade do que é imputável (ex.: a perícia psiquiátrica foi pedida para avaliar a eventual imputabilidade do arguido)....


Qualidade do que é censurável (ex.: o arguido agiu com especial censurabilidade)....


arguente | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou a pessoa que argúi ou argumenta....


arguidor | adj. n. m.

Que ou o que argúi....


demandado | adj. | adj. n. m.

Que se demandou....


acusado | adj. | adj. n. m.

Que se acusou ou sofreu acusação....


arguido | adj. | adj. n. m.

Que se arguiu....


cúmulo | n. m.

Conjunto de coisas sobrepostas....


defensor | adj. n. m. | n. m.

Que ou quem defende outra pessoa ou alguma coisa....


prisão | n. f.

Acto de prender....


arguível | adj. 2 g.

Que se pode arguir....


acusar | v. tr. | v. pron.

Imputar culpa a....


arguir | v. tr. | v. intr.

Imputar, acusar, censurar (repreendendo)....


corroborar | v. tr. | v. tr. e pron.

Apresentar argumento ou informação que acompanha ou dá força a determinada afirmação ou ideia (ex.: a testemunha corrobora a versão do arguido)....


despronunciar | v. tr.

Anular a pronúncia de (arguido ou réu)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a origem da palavra hipotenusa.
A palavra hipotenusa deriva do termo latino hypotenusa. Este, por sua vez, deriva do grego hupoteínousa, que, em geometria, significa “o lado oposto ao ângulo recto”.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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