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apreso

tomadia | n. f.

Apreensão, apresamento....


empresador | adj. n. m.

Que ou aquele que empresa ou apresa (caça grossa)....


apresador | adj. n. m.

Que ou aquele que apresa; captor....


tomado | adj. | n. m. | n. m. pl.

Que se tomou....


rapace | adj. 2 g. | n. m.

Ávido em apresar....


apresar | v. tr.

Tomar como presa....


sopresar | v. tr.

Apresar, fazer presa....


presa | n. f.

Acção de apresar....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual o plural de esfíncter: esfíncteres ou esfincteres? Tem ou não tem acento?
Os dois plurais de esfíncter estão abonados por obras de referência, e qualquer um deles é válido.

A flexão do plural provoca, em algumas palavras esdrúxulas terminadas em -r ou -n no singular, o deslocamento do acento tónico para a terceira sílaba a contar do fim da palavra (ex.: especímenes, plural de espécimen, lucíferes, plural de lúcifer) ou para a segunda sílaba a contar do fim da palavra (ex.: juniores, plural de júnior), uma vez que, em português, as palavras isoladas têm acentuação tónica numa das três últimas sílabas.

Aparentemente, por se tratar de uma palavra grave, não haveria necessidade de alterar a acentuação do plural da palavra esfíncter, mas Rebelo Gonçalves, no Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência maior para a lexicografia portuguesa, regista esfincteres como plural de esfíncter, à semelhança de, por exemplo, caracteres, plural de carácter, que constitui um caso excepcional na língua. Esta é também a opção seguida pela a edição portuguesa do Dicionário Houaiss.

Outras importantes obras de referência, como o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa (Lisboa: Âncora Editora, 2001) e a maioria das obras lexicográficas publicadas em Portugal e no Brasil, registam no entanto esfíncteres como plural de esfíncter, não acrescentando esta palavra à reduzida lista de excepções.




O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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