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ambientas

insalubre | adj. 2 g.

Que não é bom para a saúde (ex.: ambiente insalubre; condições de trabalho precárias e insalubres)....


aeróbico | adj.

Que acelera a respiração e o consumo de oxigénio....


intimista | adj. 2 g.

Relativo a intimismo....


Relativo ao ecoturismo ou a turismo que respeita o meio ambiente e que estimula a educação ambiental (ex.: áreas de interesse ecoturístico; empreendimento ecoturístico)....


Relativo a criminogenia ou criminogénese (ex.: ambiente criminogénico)....


Relativo a criofilia ou a criófilo....


ebulitivo | adj.

Que ferve ou pode ferver....


Relativo a Hollywood (em Los Angeles, Estados Unidos da América), geralmente enquanto centro da indústria cinematográfica norte-americana....


orófilo | adj.

Que vive ou se desenvolve em ambientes de montanha (ex.: vegetação orófila)....


fótico | adj.

Relativo à luz (ex.: qualidade fótica)....


afótico | adj.

Em que não há luz (ex.: ambiente afótico; zona afótica)....


achincalhante | adj. 2 g.

Que humilha ou ridiculariza; que achincalha (ex.: ambiente achincalhante; linguagem achincalhante)....


Que vive ou se desenvolve em ambientes com temperaturas geralmente acima de 40 graus centígrados....


Que se destina à higienização, desinfecção ou desinfestação em domicílios, em ambientes colectivos ou públicos, em espaços de uso comum ou no tratamento de água (ex.: uso domissanitário; preparação domissanitária)....


xerófilo | adj.

Que vive em ambiente seco (ex.: planta xerófila)....


nitrófilo | adj.

Que vive em ambientes ricos em compostos nitrogenados (ex.: vegetação nitrófila)....


confinante | adj. 2 g.

Que faz fronteira; que é contíguo (ex.: povos confinantes; terreno confinante)....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.




Está errado escrever compania ou companhia?
A grafia correcta é companhia (cuja definição poderá encontrar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, seguindo a hiperligação).

Esta é uma dúvida frequente em falantes da variedade do português do Brasil, provavelmente pelo facto de ser comum nesta variedade uma certa despalatalização da consoante nasal palatal equivalente ao dígrafo nh.

Este facto faz com que no Dicionário Priberam a forma *compania seja uma das grafias erradas mais pesquisadas (a correcção feita pelo FLiP apresenta companhia como primeira sugestão de pesquisa).


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