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agenda

compromisso | n. m.

Obrigação ou promessa feita por uma ou mais pessoas....


postagem | n. f.

Publicação numa página da Internet (ex.: pode agendar novas postagens no blogue)....


bloguista | adj. 2 g. | n. 2 g.

Autor de um blogue (ex.: a agenda política da semana foi escrutinada por bloguistas e comentaristas)....


agenda | n. f.

Livro ou caderno que se destina a registar os compromissos ou assuntos a tratar diariamente....


pauta | n. f.

Papel regrado que se põe sob a folha em que se escreve para que as linhas fiquem direitas....


agendista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem gere ou secretaria compromissos, tarefas ou outros assuntos de uma pessoa ou entidade (ex.: assessor agendista; havia dois anúncios para agendista)....


timing | n. m.

Agendamento; calendarização....


Agendamento ou marcação que alguém faz previamente para comparecer em local e data escolhidos por si (ex.: auto-agendamento de vacinas; a plataforma permite fazer o auto-agendamento do exame)....


secretário | n. m.

Pessoa que está ao serviço de outra ou de uma empresa ou entidade, e que tem a seu cargo a gestão e redacção da correspondência, a classificação de documentos, o atendimento de chamadas telefónicas, a gestão e agendamento de reuniões, consultas, tarefas, viagens, contactos, etc., dessa pessoa ou entidade....


agendar | v. tr.

Incluir em agenda....


auto-agendar | v. tr.

Fazer, o próprio, o agendamento ou a marcação de algo a que tem de comparecer; fazer o seu auto-agendamento (ex.: o utilizador pode auto-agendar as consultas no site do hospital)....


calendarizar | v. tr.

Fixar um conjunto de datas para realização de algo ou para emprego do tempo....


concernir | v. intr.

No que diz respeito a; quanto a; relativamente a (ex.: no que concerne às intervenções no debate, já está tudo agendado)....


reagendar | v. tr.

Agendar novamente (ex.: reagendar as reuniões; será preciso que o técnico reagende o serviço)....


encher | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e pron. | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Ocupar todo ou quase todo o espaço ou o tempo de (ex.: as sessões de autógrafos enchem a agenda)....


memento | n. m.

Caderno de lembranças, agenda ou documento onde se anota o que se quer recordar....



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).


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