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-ote

acabadote | adj.

Que está um tanto acabado ou envelhecido....


lindote | adj.

Que é relativamente lindo....


fracote | adj.

Que tem falta de robustez ou vigor....


-ote | suf.

Indica valor diminutivo (ex.: fracote; saiote)....


taludote | adj.

Que é um tanto taludo....


bonitote | adj.

Que não é feio; que é um tanto bonito....


camarote | n. m.

Espécie de cubículo disposto, com outros iguais, em fileira ao redor de uma sala de espectáculos....


meiote | n. m.

Meia curta....


molecote | n. m.

Moleque encorpado, taludo....


molinote | n. m.

Pequena moenda de cana-de-açúcar....


paiote | n. m.

Enchido alentejano, semelhante a um paio grosso....


pequenote | adj. | n. m.

Que é um tanto pequeno....


saiote | n. m.

Peça de roupa interior em forma de saia, de tecido fino, que se veste por baixo de vestido ou saia....


uchote | n. m.

Ucha pequena....


paparote | n. m.

Caldo feito com castanhas piladas....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.


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