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negra

A forma negrapode ser [feminino singular de negronegro] ou [nome feminino].

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negranegra
|ê| |ê|
( ne·gra

ne·gra

)
Imagem

OrnitologiaOrnitologia

Ave aquática palmípede (Fulica atra), da família dos ralídeos, de médio porte, plumagem preta, cauda curta, dedos largos, compridos e membranosos.


nome feminino

1. Mulher de pele muito escura. = PRETA

2. Mancha, geralmente escura, arroxeada ou azulada na pele, provocada geralmente por contusão, pancada ou beliscão. = EQUIMOSE, NÓDOA NEGRA

3. [Gíria] [Gíria] [Desporto] [Esporte] Última partida de uma série de 3, 5 ou 7 jogos, decisiva para desempatar as anteriores.

4. [Regionalismo] [Regionalismo] Cardume de sardinha.

5. [Ornitologia] [Ornitologia] Ave palmípede (Aythya fuligula) da família dos anatídeos, invernante, cujo macho se distingue pela plumagem preta e branca e pelo penacho característico que cai para trás da cabeça. = NEGRELA, NEGRINHA

6. [Ornitologia] [Ornitologia] Ave aquática palmípede (Fulica atra), da família dos ralídeos, de médio porte, plumagem preta, cauda curta, dedos largos, compridos e membranosos.Imagem = GALEIRÃO, VIÚVA

7. [Ornitologia] [Ornitologia] Ave anseriforme marinha (Melanitta nigra), da família dos anatídeos, de plumagem totalmente preta e mancha amarela no bico preto, no macho, ou plumagem acastanhada com as faces mais claras e bico preto, na fêmea, encontrada no Norte da Europa e da Ásia. = NEGROLA, PATO-NEGRO, PATO-PRETO

8. [Ictiologia] [Ictiologia] Peixe seláquio (Scymnodon ringens), da ordem dos esqualiformes, de corpo comprido de cor escura, boca rasgada e quase horizontal, encontrado no Atlântico leste e no sudoeste do Pacífico. = ARREGANHADA

etimologiaOrigem etimológica: feminino de negro.
negronegro
|ê| |ê|
( ne·gro

ne·gro

)
Imagem

Cor preta.


adjectivoadjetivo

1. Que recebe a luz e não a reflecte; que tem a cor do alcatrão (ex.: cor negra; gato negro). = PRETO

2. Que apresenta uma cor muito escura (ex.: nuvens negras). = ESCURO, SOMBRIOCLARO

3. Que tem cor escura provocada por sujidade (ex.: tem as mãos negras por andar a mexer na terra).

4. [Figurado] [Figurado] Que demonstra ou aparenta tristeza (ex.: negro estado de espírito). = LÚGUBRE, SOMBRIO, TRISTEALEGRE, FELIZ, FESTIVO

5. [Figurado] [Figurado] Que contém em si desgraça ou infortúnio (ex.: tinha um destino negro pela frente; viveu momentos negros na sua vida). = DESGRAÇADO, FUNESTO, INFELIZ, NEFANDO, SINISTROFAVORÁVEL, FELIZ, PROPÍCIO

6. [Física] [Física] Que absorve toda a radiação luminosa visível (ex.: buraco negro).


nome masculino

7. Cor preta.Imagem = PRETO

8. Negrura, escuridão (ex.: o negro da noite).

9. Roupa muito escura (ex.: veste-se sempre de negro). = PRETO


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

10. Diz-se de ou indivíduo de pele muito escura. = PRETO

11. [Antigo] [Antigo] Diz-se de ou escravo de pele escura.

12. [Tipografia] [Tipografia] Diz-se de ou tipo de letra de imprensa cujo desenho se caracteriza por traços mais grossos que o comum dos tipos, geralmente usado para pôr em destaque alguma parte do texto. = NEGRITO

etimologiaOrigem etimológica: latim niger, nigra, nigrum.
vistoSuperlativo: negríssimo ou nigérrimo.
iconSuperlativo: negríssimo ou nigérrimo.
negranegra

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Como se escreve, em números, um milhão? Com pontos, sem pontos e com espaços ou sem pontos e sem espaços? 1.000.000, 1 000 000 ou 1000000?
Não há qualquer norma ortográfica para o uso de um separador das classes de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas decimais, pois o Acordo Ortográfico de 1945 e o Acordo Ortográfico de 1990 (os textos legais reguladores da ortografia portuguesa) são omissos.

Há várias opiniões sobre o assunto e a maioria dos livros de estilo (veja-se, a título de exemplo, o texto disponibilizado pelo jornal Público no seu Livro de Estilo, artigo "Números", ponto 1.), prontuários e consultores linguísticos para o português defende o uso do ponto a separar as classes de algarismos (ex.: 1.000.000) e da vírgula para separar a parte inteira da parte decimal (ex.: 100,5).

Como se trata de uma questão de metrologia, mais do que de ortografia, a resolução n.º 10 (https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/22/10/) da 22.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (Paris, 12 - 17 de Outubro de 2003) organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures, em que Portugal participou, é importante e pode contribuir para a uniformização nesta questão (esta resolução apenas reforça a resolução n.º 7 [https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/9/7/] da 9.ª Conferência ocorrida em 1948, que apontava no mesmo sentido): o símbolo do separador decimal poderá ser a vírgula ou o ponto (sobretudo nos países anglo-saxónicos e em teclados de computadores e calculadoras); apenas para facilitar a leitura, os números podem ser divididos em grupos de três algarismos (que correspondem às classes das unidades, milhares, milhões, etc.), a contar da direita, mas estes grupos não devem nunca ser separados por pontos ou por vírgulas (ex.: 1 000 000,5 ou 1 000 000.5 e não 1.000.000,5 ou 1,000,000.5).

Por respeito pelas convenções internacionais e por uma questão de rigor (é fácil de concluir que a utilização do ponto ou da vírgula para separar as classes de algarismos num número que contenha casas decimais pode gerar equívocos), é aconselhável não utilizar outro separador para as classes de algarismos senão o espaço (ex.: 1000000 ou 1 000 000).




Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.