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mero

A forma meropode ser[adjectivoadjetivo], [elemento de composição] ou [nome masculino].

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mero1mero1
|é| |é|
( me·ro

me·ro

)


adjectivoadjetivo

1. Que não tem outras interpretações, especificações ou complexidades; que não é mais do que aquilo que é (ex.: isto é uma mera figura de retórica; mera coincidência; mero acaso). = PURO

2. Que não tem importância ou que não se distingue dos restantes (ex.: sou um mero funcionário, mas tenho capacidade crítica). = BANAL, COMUM, TRIVIAL, VULGAR

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: SIMPLES

etimologiaOrigem etimológica:latim merus, -a, -um, puro, sem mistura, verdadeiro, autêntico, sem adicionamento, único.

iconeNota: Usa-se antes do nome.
mero2mero2
|é| |é|
( me·ro

me·ro

)


nome masculino

1. [Ictiologia] [Ictiologia] Designação dada a várias espécies de peixes acantopterígios da família dos serrídeos, em especial do género Epinephelus, geralmente de corpo ovalado e de médio a grande porte.

2. [Ictiologia] [Ictiologia] Peixe acantopterígio (Epinephelus marginatus) da família dos serrídeos, de peso à volta de 60 quilos nos adultos. = GAROUPA-PRETA

etimologiaOrigem etimológica:espanhol mero.

iconeConfrontar: melro.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:cardume.
-mero-mero


elemento de composição

Elemento átono que exprime a noção de parte (ex.: telómero).

etimologiaOrigem etimológica:grego méros, -eos, parte, porção.

meromero

Auxiliares de tradução

Traduzir "mero" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).