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manobra

A forma manobrapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de manobrarmanobrar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de manobrarmanobrar], [nome feminino plural] ou [nome feminino].

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manobramanobra
( ma·no·bra

ma·no·bra

)


nome feminino

1. Acto de manobrar.

2. Manejo.

3. Exercício.

4. Evolução.

5. [Figurado] [Figurado] Modo de proceder para conseguimento de um fim. = ARDIL, MANEJO

6. [Termo ferroviário] [Termo ferroviário] Alteração da posição ou do estado de uma agulha ou de um dispositivo na ligação de duas vias, geralmente na entrada e saída dos comboios nas estações e terminais.

7. [Marinha] [Marinha] Trabalho dos marinheiros. = FAINA

manobras


nome feminino plural

8. [Marinha] [Marinha] Conjunto de cabos para governar as velas.

etimologiaOrigem etimológica:francês manoeuvre, do latim vulgar manuopera, do latim manus, -us, mão + opus, -eris, trabalho, obra.

manobrarmanobrar
( ma·no·brar

ma·no·brar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Fazer um exercício, evolução ou faina.

2. [Figurado] [Figurado] Operar, obrar, agenciar, usar de astúcia.

3. Encaminhar habilmente algo ou alguém para satisfazer interesses próprios ou para alcançar determinado objectivo.

4. [Marinha] [Marinha] Fazer a faina de bordo.

etimologiaOrigem etimológica:francês manoeuvrer, do latim vulgar manu operare, do latim manus, -us, mão + operor, -ari, trabalhar.

manobramanobra

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).