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linguiças

A forma linguiçasé [feminino plural de linguiçalingüiçalinguiça].

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linguiçalingüiçalinguiça
|güí| |güí| |güí|
( lin·gui·ça

lin·güi·ça

lin·gui·ça

)


nome feminino

1. [Culinária] [Culinária] Chouriço delgado de carne de porco.

2. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Mancha pouco persistente causada na pele pelo calor do lume. = MURRA

3. [Brasil, Calão] [Brasil, Tabuísmo] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pessoa muito magra. = MAGRELA, MAGRICELA

5. [Brasil] [Brasil] [Imprensa/Jornalismo] [Imprensa/Jornalismo] Grande conjunto de notícias sem interesse. = TRIPA


encher linguiça

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Falar ou fazer algo apenas com o propósito de preencher um período de espera. (Equivalente no português de Portugal: encher chouriços.) = ENCHER TRIPA

Escrever ou falar de forma enfadonha e demorada sem abordar directamente o tema esperado. (Equivalente no português de Portugal: encher chouriços.) = ENCHER TRIPA

linguiça de padre

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] [Culinária] [Culinária]  Enchido de carne de porco ensacada em tripa de intestino grosso. = PAIO

etimologiaOrigem etimológica:origem controversa.

grafiaGrafia no Brasil:lingüiça.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:linguiça.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: lingüiça.
grafiaGrafia em Portugal:linguiça.
linguiçaslinguiças

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Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




Na frase "Isto não lhe arrefece o ânimo", qual é o sujeito?
A frase que refere é apresentada na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, 14.ª ed., p. 126), como exemplo de uma frase em que um pronome demonstrativo (isto) tem função de sujeito. Há vários critérios para identificar o sujeito numa frase, nomeadamente critérios de concordância em número entre o sujeito e o verbo (o pronome isto implica, por exemplo, que o verbo esteja no singular).