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evangelho

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evangelhoevangelho
|â| ou |ê| |ê|
( e·van·ge·lho

e·van·ge·lho

)


nome masculino

1. [Religião] [Religião] Doutrina de Jesus Cristo. (Geralmente com inicial maiúscula.)

2. [Religião] [Religião] Conjunto dos livros do Novo Testamento. (Geralmente com inicial maiúscula.)

3. [Religião] [Religião] Cada um dos quatro livros do Novo Testamento que narram a vida e a doutrina de Cristo, isto é, o Evangelho de São Mateus, o Evangelho de São Lucas, o Evangelho de São Marcos ou o Evangelho de São João (ex.: evangelhos sinópticos). [Geralmente com inicial maiúscula.]

4. [Liturgia] [Liturgia] Parte de um desses livros que se lê na missa. (Geralmente com inicial maiúscula.)

5. [Religião] [Religião] Livro que narra a vida e a doutrina de Jesus Cristo (ex.: evangelho apócrifo; evangelhos canónicos).

6. [Figurado] [Figurado] Verdade indiscutível.

7. Doutrina tendente a regenerar a sociedade.

8. Conjunto de princípios por que um partido, uma doutrina ou um sistema filosófico se dirige.


evangelho pequenino

Pensamento sucinto que encerra um sentido geral ou uma moralidade. = MÁXIMA, PROVÉRBIO, SENTENÇA

levar o Evangelho a

[Religião] [Religião]  Pregar e tornar conhecido o Evangelho em. = EVANGELIZAR

etimologiaOrigem etimológica:latim evangelium, -ii, do grego euaggélion, -ou, boa nova, evangelho.

evangelhoevangelho

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.