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enrola-me

A forma enrola-mepode ser [segunda pessoa singular do imperativo de enrolarenrolar] ou [terceira pessoa singular do presente do indicativo de enrolarenrolar].

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enrolarenrolar
( en·ro·lar

en·ro·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Dar ou tomar forma de rolo. = ARROLAR

2. Dobrar ou dobrar-se, fazendo rolo ou espiral.

3. Envolver ou envolver-se numa peça de roupa, num invólucro. = EMBRULHAR

4. Deixar ou ficar pouco claro (ex.: enrolou uma resposta; a explicação enrolou-se). = COMPLICAR, EMBRULHAR

5. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Deixar ou ficar atrapalhado ou confuso (ex.: os pedidos todos seguidos enrolaram o empregado; enrolou-se nas respostas à imprensa). = CONFUNDIR, ATRAPALHAR, EMBARAÇAR


verbo transitivo

6. Girar em torno de uma bobina. = BOBINAR, EMBOBINAR

7. Fazer desaparecer. = EMBRULHAR, ESCONDER

8. [Informal] [Informal] Tentar enganar alguém. = EMBRULHAR, LUDIBRIAR

9. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Adiar a realização ou o desenvolvimento de algo com recurso a desculpas ou estratagemas. = EMBROMAR

10. [Regionalismo] [Regionalismo] Afagar (crianças).


verbo pronominal

11. [Informal] [Informal] Mover-se em rolos.

12. Encapelar-se (ex.: o mar enrolou-se).

13. Envolver-se sexual ou afectivamente.

etimologiaOrigem etimológica:en- + rolo + -ar.
enrola-meenrola-me

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Traduzir "enrola-me" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).




Gostaria de saber o porque se usa tanto apartir de ou concerteza sendo que o correto é a partir de e com certeza ?
Este fenómeno acontece frequentemente com locuções muito usuais em que os utilizadores da língua têm dificuldades em identificar as fronteiras das palavras, o que tem como consequência erros ortográficos como apartir de (em vez de a partir de), concerteza (em vez de com certeza) ou derrepente (em vez de de repente).