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descaracterizasses

A forma descaracterizassesé [segunda pessoa singular do pretérito imperfeito do conjuntivo de descaracterizardescaraterizardescaracterizar].

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descaracterizardescaracterizar ou descaraterizardescaracterizar
|âct| ou |ât| |âct| ou |ât| |àct|
( des·ca·rac·te·ri·zar des·ca·rac·te·ri·zar ou des·ca·ra·te·ri·zar

des·ca·rac·te·ri·zar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tirar o verdadeiro carácter a; disfarçar.

2. Desautorizar.


verbo pronominal

3. Perder o verdadeiro carácter.

4. [Cinema, Teatro, Televisão] [Cinema, Teatro, Televisão] Lavar-se ou limpar-se da caracterização.

sinonimo ou antonimo Dupla grafia pelo Acordo Ortográfico de 1990: descaraterizar.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: descaracterizar.
grafiaGrafia no Brasil:descaracterizar.
grafiaGrafia em Portugal:descaraterizar.
descaracterizassesdescaracterizasses


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




As expressões ter a ver com e ter que ver com são ambas admissíveis ou só uma delas é correcta?
As duas expressões citadas são semanticamente equivalentes.

Alguns puristas da língua têm considerado como galicismo a expressão ter a ver com, desaconselhando o seu uso. No entanto, este argumento apresenta-se frágil (como a maioria dos que condenam determinada forma ou expressão apenas por sofrer influência de uma outra língua), na medida em que a estrutura da locução ter que ver com possui uma estrutura menos canónica em termos das classes gramaticais que a compõem, pois o que surge na posição que corresponde habitualmente à de uma preposição em construções perifrásticas verbais (por favor, consulte também sobre este assunto a dúvida ter de/ter que).