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cartita

A forma cartitaé [derivação feminino singular de cartacarta].

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cartacarta
( car·ta

car·ta

)


nome feminino

1. Escrito fechado que se dirige a alguém.

2. Nome de certos documentos oficiais que contêm despacho, provisão, licença, etc.

3. Diploma (ex.: pediu na secretaria a emissão da carta de curso).

4. Lista das bebidas ou dos pratos disponíveis para consumo num estabelecimento comercial (ex.: carta de queijos; carta de vinhos; pedir a carta; o bar oferece uma carta de cervejas bastante variada).

5. [Portugal] [Portugal] O mesmo que carta de condução.

6. Abecedário.

7. [Jogos] [Jogos] Cada um dos cartões que formam o baralho de jogar.

8. [Ictiologia] [Ictiologia] Peixe da costa de Portugal.

9. Delineação convencional de uma qualquer extensão da superfície da Terra; mapa geográfico (ex.: carta de marear; carta hidrográfica; carta náutica; carta orográfica).


carta aberta

Escrito que, dirigido a alguém, é publicado nos jornais.

carta de alforria

Documento em que o senhor concedia liberdade ao escravo.

carta de amor

Escrito que se dirige a alguém com conteúdo em que se expressa uma ligação afectiva a alguém, incluindo geralmente também uma ligação de cariz sexual.

carta de chamada

Documento que comprova que uma pessoa tem convite de trabalho no país para onde pretende emigrar.

carta de condução

[Portugal] [Portugal] Documento oficial que habilita uma pessoa para conduzir determinado tipo de veículos na via pública. (Equivalentes no português do Brasil: carteira de habilitação, carteira de motorista.)

[Náutica] [Náutica]  Mapa de navegação, com representação das áreas marítimas e das zonas costeiras adjacentes.

carta de partilha

[Jurídico, Jurisprudência] [Jurídico, Jurisprudência]  Documento em que vem descrita a parte que coube a cada um dos herdeiros. = FOLHAS DE PARTILHA

carta mandadeira

[Jurídico, Jurisprudência] [Jurídico, Jurisprudência]  Procuração ou documento através do qual alguém constitui outrem como seu representante numa assembleia.

carta náutica

[Náutica] [Náutica]  O mesmo que carta de navegação.

carta precatória

[Jurídico, Jurisprudência] [Jurídico, Jurisprudência]  Carta dirigida por um juiz de uma circunscrição, comarca, tribunal, etc., a outro magistrado, para que cumpra ou faça cumprir certas diligências judiciais. = PRECATÓRIA

carta rogatória

[Jurídico, Jurisprudência] [Jurídico, Jurisprudência]  Carta dirigida por autoridades de um país às de outro, a fim de que neste se executem certos actos judiciais. = ROGATÓRIA

[Religião católica] [Religião católica]  Pedido dirigido pelos fiéis de uma diocese a um metropolitano, para que certo eclesiástico seja nomeado bispo daquela diocese. = ROGATÓRIA

cortar as cartas

[Jogos] [Jogos]  Separar o baralho de cartas em duas partes.

dar as cartas

O mesmo que dar cartas.

dar cartas

Demonstrar mestria ou grande conhecimento em determinado assunto ou área. = DAR AS CARTAS

Ser o mestre ou aquele que domina. = DAR AS CARTAS

magna carta

[História] [História]  Documento que corresponde à constituição de um país, em especial a constituição concedida por João Sem Terra (1167-1216) aos ingleses em 1215, limitando o poder absoluto do monarca.

etimologiaOrigem etimológica: latim charta, -ae, folha de papiro para ser escrita, folha de papel, documento.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:baralho, correspondência, epistolário, epistoleiro.
cartitacartita


Dúvidas linguísticas



Tenho ouvido muito a conjugação do verbo precisar acompanhado da preposição de. Exemplo: Eu preciso DE fazer o trabalho para segunda. Eu acho que está errado, mas não sei explicar gramaticalmente. Esta conjugação é possível?
O verbo precisar, quando significa ‘ter necessidade de alguma coisa’, é transitivo indirecto e rege um complemento oblíquo introduzido pela preposição de. Este complemento pode ser um grupo nominal (ex.: eu preciso de mais trabalho) ou um verbo no infinitivo (ex.: eu preciso de trabalhar mais).

Há ocorrências, sobretudo no português do Brasil, da ausência da preposição de (ex.: eu preciso mais trabalho, eu preciso trabalhar mais), embora este uso como transitivo directo seja desaconselhado por alguns gramáticos. A ausência da preposição é, no entanto, considerada aceitável quando o complemento do verbo é uma oração completiva introduzida pela preposição que (ex.: eu preciso [de] que haja mais trabalho), mas esta omissão deve ser evitada em registos formais ou cuidados, pois o seu uso não é consensual.




Tenho uma dúvida persistente sobre a pronúncia de algumas palavras que mudam a pronúncia do /ô/ por /ó/, como em ovo e ovos quando no plural. Existe alguma regra que me ajudaria nisto, haja visto que procurei em alguns dicionários e não encontrei referência alguma? Minhas maiores dúvidas são com respeito ao plural das palavras rosto, gostoso e aborto.

A letra o destacada em rosto(s) e em aborto(s) pronuncia-se [o] (no alfabeto fonético, o símbolo [o] lê-se ô), vogal posterior semifechada, como a letra o da primeira sílaba de boda(s). Nestes casos, e contrariamente ao caso de ovo/ovos, não existe alternância vocálica entre o singular e o plural (a este respeito, veja-se a resposta plural com alteração do timbre da vogal tónica).

No caso de gostoso, há uma ligeira diferença entre a norma portuguesa e a norma brasileira: em Portugal a primeira sílaba pronuncia-se g[u]s- e no Brasil pronuncia-se g[o]s- (lê-se ô), quer no singular quer no plural. Por outro lado, e tanto no português europeu como no brasileiro, as palavras formadas com o sufixo -oso [ozu] (lê-se ô) alteram no plural para -osos [ɔzuʃ] (lê-se ó): assim, em Portugal pronuncia-se gostoso [guʃ'tozu] no singular e gostosos [guʃ'tɔzuʃ] no plural; no Brasil lê-se gostoso [gos'tozu] no singular e gostosos [gos'tɔzus] no plural.

Existem dicionários, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário – Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), que possuem transcrição fonética, geralmente de acordo com a norma de Lisboa e do Centro, de quase todas as palavras a que dão entrada (no caso do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências também são transcritos plurais com alternância vocálica ou com outras irregularidades fonéticas), pelo que poderão constituir um instrumento de apoio para a resolução de dúvidas como esta.