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canelas

A forma canelaspode ser [feminino plural de canelacanela] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de canelarcanelar].

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canelarcanelar
( ca·ne·lar

ca·ne·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Abrir estrias.

2. Encher as canelas com que se tece.

canelacanela
|né| |né|
( ca·ne·la

ca·ne·la

)
Imagem

Peça cilíndrica das máquinas de costura ou de bordar onde se enrola o fio inferior (ex.: fio de canela).


nome feminino

1. [Botânica] [Botânica] Árvore perene (Cinnamomum zeylanicum) da família das lauráceas, de folhas ovaladas verde-escuras e opostas, flores amarelo-esverdeadas aromáticas dispostas em panículas e bagas de cor púrpura, nativa do Sri Lanca, antigo Ceilão. = CANELEIRA, CANELEIRO

2. Casca interior, castanha e aromática, dessa árvore.

3. Especiaria obtida da casca interior seca dessa árvore, ou de outras do mesmo género Cinnamomum, utilizada em pó ou sob a forma de canudilhos.

4. [Botânica] [Botânica] Designação comum às árvores do género Canella, da família das caneláceas, ou dos géneros Nectandra e Ocotea, da família das lauráceas.

5. [Botânica] [Botânica] Madeira exótica dessas árvores.

6. Parte dianteira da perna desde o pé até ao joelho.

7. Canudo em que se enrola o fio na lançadeira, no tear. = CANILHA

8. Peça cilíndrica das máquinas de costura ou de bordar onde se enrola o fio inferior (ex.: fio de canela).Imagem

9. Fio da trama.

10. [Entomologia] [Entomologia] Insecto lepidóptero (Hipparchia semele), da família dos ninfalídeos, de corpo acastanhado, asas castanhas com manchas amarelas alaranjadas na face superior e três pares de ocelos negros com uma pinta branca no meio.


adjectivo de dois géneros e dois números e nome masculinoadjetivo de dois géneros e dois números e nome masculino

11. Diz-se de ou tom castanho-claro, semelhante ao da canela em pó.Imagem


nome de dois géneros

12. [Brasil] [Brasil] [Etnologia] [Etnologia] Indivíduo dos canelas, grupo de povos indígenas do Nordeste do Brasil.


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

13. [Brasil] [Brasil] [Etnologia] [Etnologia] Relativo aos canelas.


adjectivo de dois géneros e nome masculinoadjetivo de dois géneros e nome masculino

14. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Relativo a ou língua da família jê falada pelos canelas.


azeitar as canelas

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que dar às canelas.

canelas de maçarico

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Pernas compridas e finas.

dar à canela

[Informal] [Informal] O mesmo que dar às canelas.

dar às canelas

[Informal] [Informal] Caminhar depressa ou correr, geralmente fugindo. = DAR AOS CALCANHARES, DAR ÀS PERNAS, DAR ÀS TRANCAS

ensebar as canelas

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] O mesmo que dar às canelas. = AZEITAR AS CANELAS

espichar a canela

[Informal] [Informal] O mesmo que esticar a canela.

esticar a canela

[Informal] [Informal] Morrer. = BATER AS BOTAS, ESPICHAR O PERNIL, ESTICAR O PERNIL

gastar-se como canela

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Ter muita saída, geralmente por ter boa aceitação e ser muito desejado.

ir às canelas a alguém

[Informal] [Informal] Bater, espancar.

ir-se abaixo das canelas

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Cambalear ou cair por não ter forças nas pernas. = IR-SE ABAIXO DAS CANETAS

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Desanimar ou desistir por falta de força, de coragem ou de vontade. = IR-SE ABAIXO DAS CANETAS

morder nas canelas de alguém

[Informal] [Informal] Falar mal de alguém.

não se aguentar nas canelas

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Cambalear ou cair por não ter forças nas pernas. = NÃO SE AGUENTAR NAS CANETAS

ter canela de cachorro

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter boa resistência física para caminhar muito.

tirado das canelas

Que se apresenta vestido com muito esmero. = AIROSO, BEM-POSTO, ELEGANTE, NOS TRINQUES

etimologiaOrigem etimológica:francês antigo canele, hoje francês cannelle.

Auxiliares de tradução

Traduzir "canelas" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Como deve ser escrito o nome da ferramenta usada para retirar polia de um eixo: sacapolia, saca-polia ou saca polia?
A grafia correcta, apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários por nós consultados, deverá ser saca-polia, por analogia com outras palavras formadas a partir de saca, forma do verbo sacar, que significa “extrair, tirar”: saca-bocado(s), saca-molas, saca-rolhas, etc. Esta grafia é também justificada pela tendência para hifenizar compostos do tipo verbo + substantivo, como abre-latas, bate-boca, cata-vento, guarda-chuva, porta-bandeira, etc.



A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).