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bordão

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bordãobordão
( bor·dão

bor·dão

)
Imagem

Pau que serve para apoio de quem caminha (ex.: um dos peregrinos passou agarrado a um bordão).


nome masculino

1. Pau que serve para apoio de quem caminha (ex.: um dos peregrinos passou agarrado a um bordão).Imagem = CAJADO, VARAPAU

2. [Figurado] [Figurado] Aquilo que ajuda. = ARRIMO, AUXÍLIO

3. [Armamento] [Armamento] Corda de arco de atirar.

4. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Palavra ou locução esvaziada de sentido e sem função morfossintáctica, que se usa ou repete no discurso, geralmente de forma inconsciente ou automática, por vezes como forma de apoio em momentos de hesitação, esquecimento ou reformulação do pensamento (ex.: os bordões portanto e é assim são característicos do registo coloquial).

5. [Música] [Música] Corda grossa de certos instrumentos.

6. [Música] [Música] Tom invariável que serve de baixo na gaita-de-foles, sanfona, etc.

7. [Música] [Música] Cano de gaita-de-foles que é geralmente colocado sobre o ombro do gaiteiro. = RONCÃO

8. [Música] [Música] Registo de diapasão grave do órgão.

9. [Música] [Música] Corda esticada que fica em contacto com a membrana inferior de alguns tambores.

10. [Botânica] [Botânica] Espécie de palmeira de que se faz o maluvo.

etimologiaOrigem etimológica:latim burdo, -onis, macho, mula.

bordãobordão

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Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Gostaria que me esclarecessem acerca da leitura da palavra austero. Na 2ª sílaba dever-se-á ler como uma vogal aberta ou fechada? Ainda que a palavra em questão não contenha qualquer acento, qual a forma de leitura: áustero ou austéro?
O adjectivo austero é uma palavra grave, isto é, tem o acento de intensidade na penúltima sílaba (austero) e a pronúncia da vogal desta sílaba deverá ser e aberto (idêntico ao e da palavra ). Se esta palavra fosse esdrúxula, isto é, acentuada na antepenúltima sílaba, teria de apresentar acento gráfico (*áustero; o asterisco indica incorrecção ortográfica), como todas as palavras esdrúxulas do português (ex.: antídoto, cálice, cómico, técnico, telúrico).