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babada

A forma babadapode ser [feminino singular de babadobabado] ou [feminino singular particípio passado de babarbabar].

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babarbabar
( ba·bar

ba·bar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Deixar cair baba sobre.


verbo pronominal

2. Deitar baba.

3. [Figurado] [Figurado] Falar com dificuldade.

4. [Informal] [Informal] Gostar muito (ex.: ela baba-se por framboesas). = ADORAR

5. [Informal] [Informal] Mostar claramente orgulho ou admiração (ex.: os avós babam-se ao verem os netos no teatro da escola).

etimologiaOrigem etimológica:baba + -ar.
babadobabado
( ba·ba·do

ba·ba·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se babou; que está sujo de baba.

2. [Informal] [Informal] Que está apaixonado. = ENAMORADO, ENRABICHADO

3. [Figurado] [Figurado] Que está encantado ou orgulhoso (ex.: pais babados). = EMBEVECIDO


nome masculino

4. [Brasil] [Brasil] Tira de tecido franzido ou pregueado usada como enfeite (ex.: vestido com babados). = FOLHO

5. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Relato especulativo ou segredo difundido por intriga. = BOATO, COSCUVILHICE, FOFOCA, MEXERICO

etimologiaOrigem etimológica:particípio de babar.

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Traduzir "babada" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Enfim, hão-de haver outros candidatos. Está correcta?
A frase que refere está incorrecta, pois o verbo haver, no sentido de "existir", é impessoal, pelo que a frase correcta deverá ser Enfim, há-de haver outros candidatos.