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Será que queria dizer AI?

A forma pode ser[advérbio], [interjeição] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
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( a·í

a·í

)


advérbio

1. Local próximo da pessoa a quem se fala (ex.: chego aí num instante; quando foi que estiveram aí?).AQUI, CÁ

2. Local referido anteriormente ou subentendido (ex.: decidiu voltar à cidade para aí montar um negócio). = ALI, LÁ

3. Em determinado ponto (ex.: a questão está aí, em saber como resolver rapidamente a situação).

4. Cerca de; mais ou menos (ex.: comeram aí umas três ou quatro bolachas, não mais). = APROXIMADAMENTE

5. [Informal] [Informal] Usa-se como elemento expressivo de ligação, num registo coloquial (ex.: aí o tipo vai, chega lá furioso, bate à porta, aí o outro finge que está a dormir, não abre, e a gritaria começa).


interjeição

6. Usa-se para impor uma paragem ou suspender determinada acção (ex.: aí, cavalinho!). = ALTO

7. Usa-se para exprimir ânimo, aprovação ou estímulo.

8. [Brasil] [Brasil] Usa-se para exprimir um sentido malicioso ou brincalhão.

9. [Brasil] [Brasil] Usa-se como vocativo ou para chamar a atenção (ex.: aí, moço, onde fica a estação rodoviária?).


aí por

Usa-se para indicar um momento pouco preciso (ex.: o livro foi um sucesso aí pela década de 1980). = APROXIMADAMENTE

e por aí adiante

O mesmo que e por aí fora.

e por aí fora

Usa-se para indicar uma longa sequência ou enumeração (ex.: é uma arte que lhe foi ensinada pelo pai, que por sua vez aprendeu do pai dele e por aí fora).

etimologiaOrigem etimológica:a- + português antigo i ou hi, do latim ibi, aí.
Confrontar: ai.
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( a·í

a·í

)


nome masculino

[Brasil] [Brasil] [Zoologia] [Zoologia] Designação comum a vários mamíferos arborícolas desdentados, de movimentos lentos, encontrados na América Central e do Sul. = AÍGUE, BICHO-PREGUIÇA, CABELUDA, PREGUIÇA

etimologiaOrigem etimológica:tupi a'í.

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).



Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).