PT
BR
Pesquisar
Definições



Qual

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
qualqual


pronome relativo

1. Usa-se precedido de artigo definido para introduzir uma frase ou oração relativa, servindo de sujeito e relacionado com um antecedente (ex.: escreveu um tratado, o qual foi obra de referência durante décadas). = QUE

2. Usa-se precedido de artigo definido para introduzir uma frase ou oração relativa, servindo de complemento directo e relacionado com um antecedente (ex.: recebi uma carta vossa, a qual li com toda a atenção). = QUE

3. Usa-se precedido de artigo definido para introduzir uma frase ou oração relativa, servindo de complemento indirecto ou de complemento preposicionado e relacionado com um antecedente (ex.: a pessoa à qual entregou a tarefa é competente; os rapazes dos quais falavam são filhos dela; o assunto ao qual se referem está encerrado). = QUE


determinante interrogativo

4. Serve para determinar algo ou alguém entre vários (ex.: o jogador ainda não sabe com qual camisola entrará em campo; qual livro quer comprar?). = QUE


pronome interrogativo

5. Usa-se para questionar algo ou alguém de entre vários (ex.: cabe ao vencedor dizer qual dos prémios prefere; tendo de escolher entre dois males, qual é o menor?).


conjunção comparativa

6. Usa-se para ligar frases por subordinação e indica comparação (ex.: retrai-se quando lhe tocam, qual animal acossado; o líder resolveu lutar qual um samurai lutaria).


interjeição

7. Usa-se para exprimir dúvida, incredulidade ou negação.

8. Usa-se seguido de nome e, geralmente, das locuções qual carapuça ou qual quê, para indicar negação (ex.: qual engenheiro, qual carapuça, ele é um aldrabão; o carro dele é alugado, qual carro novo, qual quê!).

etimologiaOrigem etimológica:latim qualis, -e.
Ver também resposta à dúvida: pronomes relativos "que" e "o qual".


Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



Sou colaborador de uma empresa, na qual a maioria dos colaboradores são senhoras (mulheres) e uma percentagem muito pequena de homens. Toda a comunicação da empresa é feita no feminino. Reportei à administração esta situação pois a comunicação é toda no feminino, e o que me foi dito é que está correto, devido ao novo acordo ortográfico. Ou seja como a maioria são mulheres a comunicação é feita no feminino. Nós homens, recebemos correspondência com Querida Colaboradora e quando se dirigem aos colaboradores da empresa é sempre como Colaboradoras. A minha questão é se está ou não correto? E em que parte do acordo ortográfico isso está presente?
A situação descrita nada tem a ver com as alterações decorrentes do Acordo Ortográfico de 1990, pois apenas a ortografia da língua portuguesa é regulamentada por actos legislativos. O Acordo Ortográfico é um texto legal que regula unicamente a ortografia do português, sem pretender interferir em outras áreas da língua, como o léxico ou a sintaxe, por exemplo. Se a empresa em questão optou por se dirigir no feminino ao seu grupo de colaboradores, composto maioritariamente por senhoras, com a justificação de que se trata de algo relacionado com o novo Acordo Ortográfico, tal não está correcto.

Em português, para designar todos os elementos de um grupo de pessoas, mesmo quando o género maioritário é o feminino, é possível usar o masculino, ainda que haja só um elemento masculino (ex.: as meninas e o menino estão tão crescidos). Tal acontece porque o masculino é o género não marcado do português, considerado neutro quando não se pretende especificar nenhum género. Esta opção vem sendo progressivamente menos usada, como consequência de preocupações sociais de igualdade de género, de que a língua é um reflexo. Sendo assim, a alternativa mais aconselhável seria fazer referência aos dois géneros, como por exemplo Caro(a) colaborador(a), Caros colaboradores e colaboradoras ou ainda Caras colaboradoras e caros colaboradores.