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saudade

araã | interj.

Voz tupi, designativa de surpresa e saudade....


excruciante | adj. 2 g.

Que excrucia ou causa muita aflição (ex.: saudade excruciante; dores excruciantes)....


Emprega-se para recordar a duração efémera da felicidade e a saudade de um bem que se perdeu....


escabiosa | n. f.

Planta (Scabiosa atropurpurea) da família das dipsacáceas....


fado | n. m. | n. m. pl.

Canção popular portuguesa, geralmente interpretada por um vocalista (fadista), acompanhado por guitarra portuguesa e por guitarra clássica. [Surgido na Lisboa popular do século XIX, e progressivamente difundido pelo resto do país, o fado tornou-se um ícone cultural de Portugal. Geralmente lento e triste, sobretudo quando fala de amor ou de saudade, o fado também pode ser animado e jovial quando aborda temas sociais ou festivos. Em 2011, a UNESCO considerou o fado património cultural e imaterial da humanidade.]...


carme | n. m.

Composição em verso (ex.: o poeta declamava carmes de amor; a saudade inspirou a composição de mais um carme). [Mais usado no plural.]...


suspiro | n. m.

Nome comum à saudade e à perpétua....


nostalgia | n. f.

Tristeza profunda causada por saudades do afastamento da pátria ou da terra natal....


nostomania | n. f.

Tristeza profunda causada por saudades por afastamento da pátria ou da terra natal....


saudade | n. f. | n. f. pl.

Boas lembranças ou recordações (ex.: a antiga chefe não deixou saudades)....


custar | v. tr. | v. intr.

Sentir pena, tristeza, saudade, etc., por causa de....


exular | v. intr.

Viver fora da pátria, geralmente devido a circunstâncias alheias à própria vontade (ex.: exulava e tinha saudades da sua terra)....


Expressão de Virgílio descrevendo a morte do guerreiro Antor que acompanhara Eneias à Itália e que expira longe da pátria....


quanto | quant. interr. pron. interr. | quant. exist. | quant. rel. | conj.

Que grande número de, que grande quantidade de (ex.: quanta saudade tenho tua!)....


visita | n. f. | n. f. pl.

Cumprimentos; lembranças; saudades....


saudoso | adj.

Que sente, que dá mostras de saudade....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.




Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).


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