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parolavam

parolice | n. f.

Qualidade de parolo....


bocagem | n. f.

Palavreado; parola....


parola | n. f.

Lábia; palavreado; tagarelice; conversa....


parolada | n. f.

O mesmo que parolice....


paroleira | n. f.

Vasilha afunilada para azeitonas....


parouvela | n. f.

Palavreado; arrazoado; parola....


retos | n. m. pl.

Juros caídos, acumulados....


pacóvio | adj. n. m.

Que ou quem é considerado ingénuo ou aparvalhado....


saloio | adj. n. m. | adj.

Que ou quem é dos arredores de Lisboa, a norte do rio Tejo (ex.: zona saloia; antigamente, muitos saloios vinham a Lisboa vender os seus produtos agrícolas)....


paroleiro | adj. n. m.

Que ou aquele que fala muito....


possidónio | n. m. | adj. n. m.

Político provinciano que só vê a salvação do país no corte profundo e incondicional de todas as despesas públicas....


parolador | adj. n. m.

Que ou aquele que fala muito....


piroso | adj. n. m.

Que ou quem revela falta de qualidade, de requinte, de bom gosto (ex.: que sapatos tão pirosos; aquela pirosa ficou com o lugar). [Equivalente no português do Brasil: cafona.]...


parlar | v. intr.

Palrar, parolar....


parolar | v. intr.

Falar demasiado, geralmente sobre futilidades....



Dúvidas linguísticas



Devemos colocar um hífen a seguir a "não" em palavras como "não-governamental"? "Não governamental" é igual a "não-governamental"? O novo Acordo Ortográfico de 1990 muda alguma coisa?
A utilização e o comportamento de não- como elemento prefixal seguido de hífen em casos semelhantes aos apresentados é possível e até muito usual e tem sido justificada por vários estudos sobre este assunto.

Este uso prefixal tem sido registado na tradição lexicográfica portuguesa e brasileira em dicionários e vocabulários em entradas com o elemento não- seguido de adjectivos, substantivos e verbos, mas como virtualmente qualquer palavra de uma destas classes poderia ser modificada pelo advérbio não, o registo de todas as formas possíveis seria impraticável e de muito pouca utilidade para o consulente.

O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia em nenhum momento sobre este elemento.

Em 2009, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras (ABL), sem qualquer explicação ou argumentação, decidiu excluir totalmente o uso do hífen neste caso, pelo que as ferramentas da Priberam para o português do Brasil reconhecerão apenas estas formas sem hífen. Sublinhe-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOLP e não da aplicação do Acordo Ortográfico.

Também sem qualquer explicação ou argumentação, os "Critérios de aplicação das normas ortográficas ao Vocabulário Ortográfico do Português"  [versão sem data ou número, consultada em 01-02-2011] do Vocabulário Ortográfico do Português (VOP), desenvolvido pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC), e adoptado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 do governo português, aprovada em 9 de Dezembro de 2010 e publicada no Diário da República n.º 17, I Série, pág. 488, em tudo à semelhança do VOLP da ABL, afirmam excluir o uso do hífen nestes casos. A aplicar-se este critério, deve sublinhar-se que esta é uma opção que decorre da publicação do VOP e não da aplicação do Acordo Ortográfico. No entanto, a consulta das entradas do VOP [em 01-02-2011] permite encontrar formas como não-apoiado, não-eu, não-filho, o que implica o efectivo reconhecimento da produtividade deste elemento. Por este motivo, os correctores e o dicionário da Priberam para o português europeu reconhecerão formas com o elemento não- seguido de hífen (ex.: não-agressão, não-governamental). A este respeito, ver também os Critérios da Priberam relativamente ao Acordo Ortográfico de 1990.




Por favor, gostaria de saber qual é o plural de verbos unidos por hífen, como por exemplo quero-quero ou vai-vem.
Antes de mais, uma correcção: a forma vai-vem não existe. A forma correcta escreve-se sem hífen e com acento, vaivém (plural: vaivéns), como pode verificar pela hiperligação para o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

Quanto ao substantivo quero-quero, forma o plural regular quero-queros. Os substantivos compostos por V-V (verbo-verbo) formam o plural como se fossem substantivos simples, acrescentando-se apenas o -s do plural regular (outros exemplos: treme-tremes, ruge-ruges).


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