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morderão

mordaz | adj. 2 g.

Que morde....


premorso | adj.

Cujas bordas parecem ter sido mordidas....


ratado | adj.

Roído pelos ratos....


al dente | loc.

Com tempo de cozedura de forma a apresentar firmeza ou alguma resistência quando o alimento é mordido (ex.: massa al dente; mergulhe em água fervente com sal e coza al dente)....


açaime | n. m.

Peça, geralmente de couro ou de metal, que se põe aos animais para não morderem....


sacadela | n. f.

Acto ou efeito de puxar....


quilófago | n. m.

Pessoa que tem o hábito patológico de morder os lábios....


corrico | n. m.

Modalidade de pesca para capturar peixes predadores, que consiste no lançamento de uma amostra que é puxada à tona da água para que o peixe seja atraído pelos seus movimentos e morda o isco artificial (ex.: pesca ao corrico)....


dacnomania | n. f.

Distúrbio mental em que o indivíduo tem impulsos mórbidos para morder ou morder-se....


fiscela | n. f.

Peça, geralmente de couro ou de metal, que se põe aos animais para não morderem....


hidrofobia | n. f.

Doença caracterizada pelo horror aos líquidos....


mordedura | n. f.

Acto ou efeito de morder....


mordente | adj. 2 g. | n. m.

Que morde....


mordo | n. m.

Pequena porção de qualquer coisa....


odaxelagnia | n. f.

Excitação sexual associada ao acto de morder ou de ser mordido....


briquismo | n. m.

Mania ou acção inconsciente ou involuntária de ranger os dentes, normalmente durante o sono....


corripo | n. m.

Modalidade de pesca para capturar peixes predadores, que consiste no lançamento de uma amostra que é puxada à tona da água para que o peixe seja atraído pelos seus movimentos e morda o isco artificial....



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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