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meio-dia

macróscio | adj.

Diz-se dos habitantes do Globo que, recebendo muito obliquamente os raios do Sol, projectam, ao meio-dia, grande sombra....


tardeiro | adj.

Diz-se das marés cuja preia-mar é depois do meio-dia....


Instrumento para determinar o meio-dia verdadeiro....


áscio | adj. | n. m.

Diz-se de zona equatorial que não projecta sombra ao meio-dia na ocasião do equinócio....


manhã | n. f.

Período de tempo entre o amanhecer e o meio-dia....


TGV | n. m.

Comboio que circula nesse sistema (ex.: apanhou o TGV do meio-dia)....


matina | n. f. | n. f. pl.

Período de tempo entre a meia-noite e meio-dia (ex.: acordei às 5 da matina; já passava das 10 da matina quando o padeiro chegou)....


meridião | n. m.

Conjunto das regiões do Sul, por oposição ao setentrião ou ao Norte....


merídio | adj. | n. m.

Relativo ao meio-dia....


tarde | n. f. | n. m. | adv.

Espaço do dia compreendido entre o meio-dia e o anoitecer....


ângelus | n. m. 2 núm.

Oração católica dirigida a Maria, rezada de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer....


meridiano | n. m. | adj.

Relativo ao meio-dia (ex.: hora meridiana; luz meridiana; oração meridiana; refeição meridiana)....


setentrião | n. m.

Ponto cardeal que fica à esquerda de quem está de frente para o nascente ou para o lado do nascer do Sol....


a.m. | abrev.

Abreviatura da locução latina ante meridiem, antes do meio-dia....


dia | n. m.

Período de 24 horas compreendido do meio-dia até ao meio-dia seguinte ou do pôr-do-sol ao pôr-do-sol seguinte....


p.m. | abrev.

Abreviatura da locução latina post meridiem, depois do meio-dia....



Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.


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