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fulanos

f. | abrev.

Abreviatura de forte....


beltrano | n. m.

Pessoa indeterminada ou de que se não sabe ou se não quer designar o nome. (Usado geralmente na locução fulano, sicrano e beltrano.)...


caralho | n. m. | interj.

Órgão sexual masculino....


abébia | n. f.

Facilidade ou oportunidade que se concede a alguém....


fulão | n. m.

O mesmo que fuão....


fuão | n. m.

Designação vaga de pessoa incerta ou cujo nome se ignora....


gajo | n. m. | adj. n. m.

Qualquer pessoa cujo nome se desconhece ou se quer omitir....


fulano | n. m.

Designação vaga de pessoa incerta ou daquela cujo nome se ignora ou se quer omitir....


coiso | n. m.

Qualquer indivíduo masculino cujo nome se ignora ou não se quer nomear....


lixado | adj.

Que se lixou (ex.: tábua lixada)....


fulanismo | n. m.

Atribuição de nome ou identificação a pessoas à partida indeterminadas ou cuja identificação não interessa para discutir uma questão....


fulanista | adj. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Relativo ao fulanismo....


fabiano | adj. | adj. n. m. | n. m.

Relativo a Fábio Máximo (275 a.C.-203 a.C.), general e político romano....


amarelar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e intr. | v. intr.

Tornar(-se) amarelo (ex.: à noite, a luz do candeeiro amarelava os prédios; as folhas das árvores amarelaram; gradualmente, a borracha amarelou-se com o sol)....


fulanizar | v. tr.

Atribuir nome ou identificação a pessoas à partida indeterminadas ou cuja identificação não interessa para discutir uma questão (ex.: não adianta fulanizar o debate)....


sicrano | n. m.

Pessoa indeterminada ou de que se não sabe ou se não quer designar o nome (normalmente usado nas locuções fulano e sicrano ou fulano, sicrano e beltrano)....


zinho | n. m.

Indivíduo qualquer, sem importância....


arregar | v. intr. | v. intr. e pron.

Mostrar vontade de se render; revelar receio ou fraqueza perante um adversário....


dito-cujo | n. m.

Designação vaga de pessoa cujo nome se desconhece ou se quer omitir (ex.: o dito-cujo estava no restaurante)....



Dúvidas linguísticas



Escreve-se interdisciplinaridade ou interdisciplinariedade? Também tenho dúvidas se devo escrever pré-estabelecidas ou preestabelecidas.
A forma correcta é interdisciplinaridade, como poderá confirmar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Esta palavra resulta da aposição do prefixo inter- ao substantivo disciplinaridade, que, por sua vez, deriva da junção do sufixo -idade ao adjectivo disciplinar. A terminação -iedade não é um sufixo produtivo em português, pelo que a forma *interdisciplinariedade não se considera bem formada; as palavras terminadas em -iedade resultam normalmente da aposição do sufixo -edade a um adjectivo com a terminação átona -io (ex.: arbitrário > arbitrariedade; solidário > solidariedade) ou derivam directamente do latim (ex.: propriedade < latim proprietatis; variedade < latim varietatis).

Os dicionários de língua portuguesa registam as formas preestabelecer e preestabelecido, sem hífen, pois na sua formação está presente o prefixo pre-, com o qual nunca se usa hífen para fazer a separação do elemento posterior (ex.: prealegar, predefinição, preexistente). Este prefixo está relacionado com o sufixo pré-, que, segundo o Acordo Ortográfico, na base XXIX, exige sempre a utilização do hífen por se tratar de um prefixo com acentuação gráfica (ex.: pré-escolar, pré-histórico, pré-molar).




Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.


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