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fonema

aferético | adj.

Resultante de supressão de fonemas ou letras no princípio de uma palavra (ex.: forma aferética)....


divíduo | adj.

Diz-se do fonema produzido pela expulsão do ar após a separação dos órgãos factores como nas consoantes: b, p, d, t....


justaposto | adj.

Que é formado por justaposição, processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, sem perda de fonemas e de acentuação (ex.: "arco-íris" e "pontapé" são nomes justapostos)....


oclusivo | adj.

Diz-se de fonema consoante produzido com fechamento momentâneo do tracto vocal, seguido de explosão....


émico | adj.

Relativo ao estudo das unidades, por exemplo, linguísticas, no sistema a que pertencem (ex.: fonema, grafema e morfema são unidades émicas)....


abrandamento | n. m.

Transformação de um fonema forte ou surdo em brando ou sonoro como [p] em [b], [t] em [d], [k] em [g] (ex.: houve abrandamento na passagem do latim vacuum ao português vago)....


ideograma | n. m.

Símbolo gráfico que, na escrita de algumas línguas, representa uma palavra, morfema ou frase, mas não cada uma das suas sílabas ou fonemas....


Processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, sem perda de fonemas e de acentuação (ex.: há justaposição em "arco-íris" e "pontapé")....


vozeamento | n. m.

Transformação de um fonema não-vozeado ou surdo em vozeado ou sonoro como [p] em [b], [t] em [d], [k] em [g] (ex.: há vozeamento na passagem do latim lupum ao português lobo)....


alofone | n. m.

Cada uma das variantes fonéticas concretas de um fonema, consoante o contexto fonético (ex.: [b] e [β] podem ser alofones do fonema /b/)....


hiférese | n. f.

Metaplasmo de subtracção de letras ou fonemas de um vocábulo....


realização | n. f.

Cada uma das variantes fonéticas acústicas de um fonema, consoante o contexto (ex.: o fonema /l/ pode ter as realizações [l], como em atleta, flecha, lado ou valer, e [ɫ], como em mal ou soldar)....


eufonia | n. f.

Qualidade acústica na articulação dos fonemas que produz uma sucessão de sons agradáveis....


fonema | n. m.

Qualquer som elementar (vogal ou consoante) da linguagem articulada....


metátese | n. f.

Alteração na estrutura de uma palavra, pela troca de posição entre fonemas ou sílabas (ex.: há metátese na passagem do latim feria ao português feira)....


longo | adj. | n. m.

Diz-se do som, sílaba ou fonema de realização mais prolongada comparadamente a outros da mesma língua....


Processo de composição de palavras pelo qual duas ou mais palavras se juntam, para formarem uma palavra nova, com perda de fonemas e de acentuação (ex.: a palavra fidalgo é composta por aglutinação a partir das palavras filho + de + algo)....


preclusão | n. f.

Contacto prévio de dois órgãos para a produção de fonema explosivo, como p, b, etc....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Gostava de saber a evolução etimológica da palavra opinião.
Como poderá verificar no verbete opinião do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra deriva directamente do latim opinio, -onis, através do acusativo opinionem, como a maioria das palavras derivadas do latim, com queda da consoante nasal final (opinione).
Seguiu-se, de forma regular, a queda do -e átono do singular e consequente nasalização do -o- antes da consoante nasal (opinione > opinion > opiniõ), havendo ao longo do séc. XVI a transformação de em -ão no singular e a manutenção de -ões no plural (opiniones > opiniões).


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